Larissa Braga (@laribraghini) é do Brasil, vive nos EUA e decidiu viajar até ao Alaska recentemente. O seu instagram mostra bem as maravilhas geladas desta viagem e de como as auroras boreais podem ser capturadas a partir de outros ‘cumes’ do planeta. Alojou-se em Fairbanks, que é de onde se pode ver a aurora boreal na sua plenitude.

A Larissa alerta que as estradas estão repletas de uma neve que tem tanto de magnífico, como de perigoso, para se circular em quatro rodas. Sobre as estradas, e em bom Português do Brasil, ela conta:

“A primeira coisa que me intrigou lá é que as ruas têm crostas de gelo, quem não tem experiência dirigindo na neve é bem perigoso e é muita neve e olha que eu moro em um lugar que tem neve, mas nunca vi tanta neve na minha vida como tem lá (…)”.

Larissa, intencionalmente, marcou a sua viagem no Inverno rigoroso para assegurar o maior frio e as horas escassas de luz. Afinal, as auroras boreais só se conseguem testemunhar se estivermos dispostos a este desafio friorento:

“(..) porque tem a possibilidade melhor de ver a aurora, amanhece às 10 da manhã e fica escuro às 4 da tarde (…)”.

A aurora boreal vista do Alaska
A aurora boreal vista do Alaska A aurora boreal, fotografada pela Larissa, no Alaska. créditos: Larissa Braga

Sobre outras experiências, antes de se deparar com a magia de um dos espectáculos naturais mais desejados do mundo? Então, ela destaca o Chena Hot Spring Resort que fica a uma hora de carro de Fairbanks e onde se pode fazer snowmobile, dog sled, saborear o contraste de temperatura proporcionado pelas piscinas quentes e, por falar em contrastes, visitar o museu de gelo.

Depois, correr atrás da aurora tão desejada. Como? Ela explica, na primeira pessoa, que dormiu pouco devido ao horário ideal (e difícil) de ‘caça’ da aurora: pode ser observável entre as 21h e as 3h da madrugada, sem garantias que ocorra. Sobre este tópico:

“Por mais que decidimos ir nessa época do ano, você tem que ter sorte para ver, tem pessoas que vão para lá e não vê nenhum dia, estamos voltando do hot spring quando vimos a aurora, estamos no carro e foi uma loucura, todo mundo gritando, cara pra fora da janela, ficamos com medo de parar o carro no meio da estrada, mas depois nos arrependemos muito, porque foi o único dia que vimos ela (…)”.

Diversão na neve, na Chena Hot Spring Resort, no Alaska
Diversão na neve, na Chena Hot Spring Resort, no Alaska Diversão na neve, na Chena Hot Spring Resort, no Alaska créditos: Larissa Braga

Sentiram o arrepio nesta leitura? Eu senti. Alaska é, de facto, uma aposta e provavelmente a mais económica para poder ver as auroras que mais parecem quimeras.

A Larissa acrescenta mais algumas dicas:

“Outra coisa que fizemos lá e eu amei foi ir para a geleira [o glaciar], foi 2 horas e 30 minutos de viagem e virou 4 horas de viagem (…) porque a estrada é tão maravilhosa que a gente parava toda hora pra tirar foto, não tem cidade perto, é no meio do nada mas é perfeito, quando chegamos lá tem mais 44 minutos de caminhada até a geleira, que valeu muito a pena (…)”.

Glaciar no Alaska
Glaciar no Alaska A maravilha gelada de um glaciar, no Alaska. créditos: Larissa Braga

Larissa descreve tudo como uma forma de natureza e cenários surreais, com uma caminhada que vale a pena, apesar da roupa que pesa no corpo e da neve que não facilita a locomoção. E, claro, não esqueçamos a casa do Pai Natal que fica no Pólo Norte e está de porta aberta o ano todo (ainda que o Pai Natal tire "férias" depois de abril). E agora, fica a questão: depois de abril será que o Pai Natal começa a fazer os preparativos para o Natal? Tudo deve ser feito com antecedência, por isso a sua viagem também. Tente reservá-la o quanto antes, sobretudo com o alívio das restrições epidémicas e os sonhos que voltaram a ter asas para se voar.