A vista para a ilha descobre milhares de exemplares.
A atracagem na Isla Magdalena demora algum tempo.
O portão metálico da zona central começa a baixar devagar e aos nossos olhos surge uma ilha com um farol no topo, pouca vegetação e a que existe é rasteira, aves e pinguins.
Logo na primeira visão, dezenas de Pingüinos de Chile. Ao todo, nesta fase do ano, costuma haver cerca de 60 mil exemplares na Isla Magdalena segundo o levantamento efetuado na primeira década deste século. É uma das maiores "pinguineras" no Sul do Chile.
Os visitantes estão ansiosos e, de facto, é espetacular.
Os pinguins têm cerca de 70 cm de altura.
São mais pequenos dos que os Pinguin Rei da Baía Inútil na Terra do Fogo mas são muito engraçados.
Do lado esquerdo do cais dezenas de pinguins estão parados numa zona de terra. Do lado direito são outras dezenas que estão à beira mar. Notava-se que estavam a mudar a penugem.
Ao longo de toda a ilha havia vestígios da penugem branca a voar devido à força do vento.
Os visitantes têm um corredor de cordas e não podem passar, nem tocar nos animais. Nem sempre as regras são respeitadas. Pelo que nos disse uma guia portuguesa, que estava a viver em Punta Arenas, é na descida do farol que os turistas costumam desrespeitar as regras.
As pessoas formam uma fila colorida e conforme se afastam alguns pinguins aproveitam a aberta e atravessavam o caminho.
A encosta estava repleta de buracos. É o local preferido para os pinguins ficarem deitados ou em pé.
Alguns casais ajudavam-se mutuamente a mudar o pelo com o bico.
Muitas outras espécies andam entre os pinguins. Há muitos corvos de água, gaivotas e por vezes lobo marinhos. A maioria das aves concentra-se mais próximo da água. Havia também muitas aves mortas, outras meio moribundas e duas estavam a comer restos de outras.
Ao lado da enseada, até ao extremo da montanha, centenas de aves pareciam assumir o papel de vigilantes. Estáticas, paradas nas escarpas e com o bico virado para o mar.
A visita foi de hora e meia e as guias tiveram de pedir com insistência aos visitantes para regressarem ao barco.
Como chegar:
Em algumas épocas do ano (entre Outubro e Março) há uma viagem diária.
Convém comprar o bilhete do barco e ingresso na pinguinera com antecedência. A compra online pode ser feita aqui.
A partida é no porto Três Puentes.
O barco Melinka percorreu os 35 km no estreito de Magalhães em quase duas horas. Por vezes conseguem-se ver golfinhos no mar.
Foi uma viagem calma com muito frio no exterior. O barco estava cheio com muitos turistas. O Melinka pode transportar veículos mas seguiam apenas passageiros.
No regresso, se tiver algum compromisso de imediato, é melhor reservar um táxi porque escasseiam meios de transporte para o centro da cidade ou o aeroporto.
Leve agasalho para o vento.
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