Uma viagem a esta região não fica completa sem desfrutar da gastronomia local, desde a aclamada sidra ou o famoso cachopo; descobrir a beleza natural dos Picos da Europa e as suas dezenas de trilhos; ou aproveitar a costa litoral junto à cidade de Gijón para umas férias balneares. Por ser um destino "aqui ao lado" pode evitar fazer o percurso de avião, optando por fazer a viagem por estrada de carro ou autocarro.
Parque Nacional dos Picos da Europa
Uma formação montanhosa dividida em três grandes maciços que albergam o Parque Nacional dos Picos da Europa, cujos cumes ultrapassam os 2600 metros. As altitudes que atingem alguns dos “picos” tornam as paisagens dos Lagos de Covadonga Enol e Ercina inesquecíveis e fazem deste um lugar de culto para os apaixonados por natureza e trilhos: das grutas para explorar aos ursos e lobos que aqui habitam. Cangas de Onís pode ser a referência ideal para pernoitar na zona e desfrutar das diversas atividades que oferece o rio Sella.
Degustar sidra como manda a tradição
É impossível ficar indiferente à cerimónia envolvente quando se pede sidra na região: aqui os maestros escanciadores são os únicos responsáveis por servir a bebida à base de maçã: esticando os dois braços em diferentes direções, criando uma distância que é igual à amplitude dos membros, e fazendo cair a sidra para o copo que fica cá em baixo. A regra: beber de um trago, a única forma de saborear por completo a bebida enquanto não desaparece o gás que se formou ao servir.
Gijón e o mar cantábrico
A costa litoral das Astúrias desenha em Gijón inúmeras praias banhadas pelo mar cantábrico. Uma das mais famosas, a praia de São Lourenço, estende-se por um quilómetro e meio e a Escalerona, que liga o areal à marginal por entre escadas de pedra, tornou-se marco para quem visita a cidade. Na cidade também se pode viajar no tempo com uma visita ao Museu das Termas Romanas ou descer ao fundo do mar para conhecer as mais de 5000 espécies presentes no Aquário da cidade.
Gastronomia: da fabada aos produtos locais sem esquecer a doçaria
A fabada asturiana é um clássico na região que junta feijão (e não favas, como o nome poderia indicar) ao compango, uma mistura de carnes e enchidos da zona. Da montanha chega o queijo cabráles, um queijo azul preparado a partir de leite cru de vaca ou da mistura de ovelha, cabra e vaca que pode ser consumido assim mesmo ou combinado com outras iguarias: das croquetas, às patatas ou ao cachopo (uma espécie de “panado” recheado) este é um dos sabores fortes e inconfundíveis das Astúrias. Por último, mas não menos importante, são de ressalvar os arbayones, princesitas e moscovitas como alguns exemplos de doces típicos da região.
Arquitetura: desde Roma à era moderna
A mais icónica estrutura arquitetónica pode ser visitada em Avilés e é a única obra do brasileiro Óscar Niemeyer em Espanha. O Centro Niemeyer tornou-se espaço de visita obrigatória na região e não deixa dúvidas quanto à autoria, relembrando os trabalhos do arquiteto na cidade natal Brasília. Mas a arquitetura asturiana não fica por aqui: de realçar os vestígios da época romana em Gijón, das mencionadas termas às muralhas; da época medieval destaque para a grande presença do românico e alguns traços góticos como a Catedral de Oviedo. Já na era moderna, o destaque vai para a Universidade de Oviedo como exemplo do Renascimento asturiano.
De autocarro, a partir de Portugal, a viagem pode ser feita com a FlixBus e conta com as seguintes paragens: Coimbra – Aveiro – Vila Nova de Gaia – Porto – Aeroporto do Porto – Braga – Ponte de Lima – Vigo – Pontevedra – Santiago de Compostela – Corunha – Gijón – Oviedo.
Nas viagens mais longas, viajar à noite oferece vantagens como poupar no alojamento na noite da viagem, aproveitar o dia no lugar do destino e ir dormindo para que o trajeto seja mais tranquilo.
Fonte: FlixBus
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