De acordo com o Inquérito aos Gastos e Satisfação dos Turistas (IGST), em 2021 os turistas que visitaram Cabo Verde gastaram diariamente cerca de 3.433 escudos cabo-verdianos (31 euros), sendo que os que não viajaram no pacote apresentam maiores gastos (em média 4.891 escudos, 44 euos) por dia.

Relativamente aos países, os turistas franceses foram os com maior gasto médio diário, situando em 11.966 escudos (108 euros), seguido dos residentes no Reino Unido, com 10.668 escudos (96 euros), enquanto os italianos tiveram o menor gasto diário, com 627 escudos (5,6 euros).

“Quando se observa o gasto médio diário apenas para os turistas que não se alojaram numa casa particular, não são cidadãos e nem têm ascendência cabo-verdiana, nota-se uma diminuição do gasto médio diário em aproximadamente 676 escudos [6 euros]”, escreveu o INE.

No período em que estiverem em Cabo Verde, os turistas gastaram mais em alojamento (45,9%) e alimentação e bebidas (16,2%), conforme o mesmo inquérito.

Para os turistas que viajaram em pacote turístico, notou-se uma percentagem significativa do gasto em artesanato (29,6%) e alimentação e bebida (26,9%), prosseguiu o INE.

No período em análise, os turistas que visitaram Cabo Verde passaram mais tempo na ilha do Fogo, com uma média de 44,5 dias, quando comparado com as outras ilhas, sobretudo as mais turísticas, como o Sal, que teve a menor estada média dos turistas (8,6 dias).

No que respeita ao tipo de estabelecimento, o maior número de noites foi passado em hotéis, representando 85,6% dos turistas, seguido de casa particular (8,4%) e de hotel-apartamento (1,6%).

Em 2021, o arquipélago recebeu 229.263 turistas, traduzindo-se numa diminuição de 71,5% em relação a 2019, ano pré-pandemia de covid-19, em que o país registou um recorde de turistas (804.061).

No ano passado, Portugal liderou como mercado emissor de turistas para Cabo Verde, com 19,1% do total, ultrapassando, por exemplo, a Alemanha (14,6%) e o Reino Unido (12,8%).

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.

O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB. Segundo dados oficiais, a economia cresceu 7% em 2021, impulsionada por alguma retoma na procura turística, mas o Governo reduziu de 4% para 6% a previsão de crescimento em 2022, devido às consequências da guerra na Ucrânia.

O país espera mais do que duplicar o número de turistas que chegam ao arquipélago em 2022, invertendo a tendência de queda nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19, segundo previsões do Orçamento do Estado.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia de covid-19, Cabo Verde teve uma queda histórica na chegada de turistas de 75%, correspondendo a menos cerca de 600 mil turistas.

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