O que "pretendemos agora é, de facto, reforçar aquilo que é o nosso posicionamento na Ásia" e, "neste caso em concreto, vamos trabalhar muito o Japão por força desta oportunidade que é a Expo Osaka, fazer esta ligação, reforçar esta relação que temos entre Portugal e o Japão", adiantou Carlos Abade.

O responsável falava à Lusa no final do encontro sobre a participação de Portugal na Expo 2025 Osaka, organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) na sua sede, em Lisboa.

O Japão é o 17.º mercado mais importante do ponto de vista turístico, ou seja, de emissão de turistas, sendo que Portugal pretende beneficiar desse fluxo.

"É bom notar que nós temos vindo a recuperar aquilo que eram os números de 2019 relativamente ao mercado japonês", prosseguiu Carlos Abade.

Contudo, "ainda não conseguimos fazer essa recuperação, mas estamos a crescer de uma forma bastante acentuada, o que significa que acreditamos que em três anos possamos pelo menos atingir 100 milhões de euros de receitas do turismo para Portugal, o que significa triplicar o valor que tivemos em 2023", admitiu.

Este valor é "relativamente ao Japão especificamente", clarificou o responsável.

"O turismo em Portugal tem feito um caminho verdadeiramente extraordinário", adiantou Carlos Abade.

Em 2024, "atingimos os números que estavam previstos para 2027, percebemos bem aquilo que tem sido o caminho de recuperação e de crescimento do setor do turismo", prosseguiu.

"Isso tem sido feito muito também em resultado de uma diversificação de mercados, os Estados Unidos é claramente um caso desses, mas também ao nível da diversificação de produtos", salientou o presidente do Turismo de Portugal.

Neste momento, o Turismo de Portugal está "alargar aquilo que é a sua rede de equipas do estrangeiro", adiantou, quando questionado pela Lusa sobre o reforço da rede.

"A nossa rede representa 19 países e cobre 25 mercados e vamos alargar não só para o México, mesmo nos próprios Estados Unidos, mas neste caso em concreto vamos reforçar a nossa presença no Japão e na Coreia do Sul, em Seul especificamente, precisamente porque de Seul temos um voo direto para Lisboa", explicou..

O reforço em Seul e Tóquio, "acompanhado pela presença que já temos na China, é de facto aqui um reforço grande que estamos a fazer no mercado asiático", salientou.

A par disso, "temos previsto fazer um 'roadshow' entre Japão e Coreia do Sul na segunda quinzena de setembro, preparando depois um 'roadshow' pelos países da Ásia que faremos no final do ano", avançou.

A permanência média de um turista japonês fora do país é maior que 12 dias, referiu.

"É importante que nós consigamos aumentar aquilo que é a permanência média no país" e também por isso "poder reforçar estes elos entre Portugal e o Japão é de facto extraordinário e esta exposição é uma oportunidade muito boa para o fazer", concluiu o presidente do Turismo de Portugal.