Pouco antes de completar 200 anos, a histórica Xancó vai fechar portas. Existem várias razões para o fim do negócio, como as mudanças no comércio e outras razões pessoais, além do aumento da renda que, juntamente com a queda nas vendas, faz com que a camisaria deixe de ser rentável.
Apesar da fama, o modelo de negócio da loja deixou de estar em sintonia com os tempos, permanecendo à margem da modernização. A camisaria Xancó abriu 1820 e permaneceu na mesma família até hoje. Após ser fundada por Antoni Cotchet, passou para o seu sobrinho, Josep Xancó, família na qual ainda permanece.
Pilar Satta, esposa de Tristan Xancó, figura atrás do balcão da loja há quase meio século, confirmou ao El Periódico de Catalunya que não há como voltar atrás na decisão e que o negócio fechará as portas antes da véspera de Ano Novo. Perde-se assim a mais antiga loja das Ramblas e uma importante parte da história local.
A loja de camisas, que vestiu o mundo da ópera e do teatro em Barcelona e internacionalmente, foi um dos primeiros estabelecimentos a fazer parte da rede de lojas históricas da cidade - Associació d’Establiments Emblemàtics de Barcelona - e é património municipal de elevado interesse (a categoria máxima na classificação). No seu interior, encontram-se móveis da década de 1920 ainda intactos e outras preciosidades modernistas, como candeeiros e uma antiga caixa registadora dos inícios do século XX que funcionou até há até três anos.
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