Foto: Sonja Brüggemann/Lufthansa Technik AG
A inovação é fruto de uma parceria entre a Lufthansa Technik, subsidiária de manutenção da empresa, e a gigante química BASF, de acordo com um comunicado.
O revestimento aplicado em uma parte da fuselagem da aeronave será composto por 'escamas' de cerca de 50 micrômetros (50 milionésimos de metro) que reduzem a resistência e melhoram a aerodinâmica.
Esta propriedade também encontra-se na pele de tubarão e possui saliências minúsculas que investigadores e industriais estudam há muitos anos.
A cobertura vai equipar parte da superfície da frota operada pela Lufthansa Cargo, que incluirá dez aeronaves Boeing 777F, daqui até 2022.
Desta forma, a empresa quer reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2 na atmosfera.
Graças a uma redução do atrito "de mais de 1%", a Lufthansa estima que haverá uma economia anual de 3.700 toneladas de querosene, o que representa cerca de 11.700 toneladas de emissões de CO2.
Para efeito de comparação, a subsidiária da Lufthansa Cargo emitiu 3,9 milhões de toneladas de CO2 em 2020, indica o relatório ambiental da empresa.
A Lufthansa Technik e a BASF planeiam estender a nova tecnologia a outros tipos de aeronaves "para poder apoiar ainda mais as companhias aéreas em todo o mundo a atingir as suas metas de emissões", segundo o comunicado.
O Grupo Lufthansa estabeleceu para si próprio o objetivo de reduzir as suas emissões de CO2 em 50% até 2030, em comparação com os níveis de 2019.
A indústria da aviação aposta há décadas na tecnologia de pele de tubarão para economizar combustível.
Em fase de testes, várias aeronaves já voaram equipadas com este revestimento especial.
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