O salão, que acolhe a coleção do museu de fósseis de dinossauros e a mais recente exposição “Deep Time”, foi restaurado e está aberto ao público desde 8 de junho. A EwingCole, uma empresa premiada de arquitetura, engenharia e design de interiores com sede em Filadélfia, idealizou e supervisionou a execução do projeto.

"Para os cerca de oito milhões de visitantes anuais do museu, o esplendor do salão é tão parte da experiência quanto os espécimes que contém", disse Jeffrey Hirsch, diretor cultural da EwingCole.

Grandes reformas nos anos 1960, 80 e início dos anos 2000 alteraram dramaticamente a aparência e o caráter único do Dinosaur Hall. Os administradores do museu procuraram trazê-lo de volta de uma maneira significativa e responsável.

"Havia um desejo por parte do museu de olhar para a integridade arquitetónica dos seus edifícios e determinar como poderiam melhor fortalecê-los e trazê-los de volta", disse Hirsch. "Um dos principais objetivos do projeto era transmitir o respeito pelo nosso património arquitetónico, devolvendo a estética do salão ao seu estado original".

As alterações anteriores escondiam uma clarabóia acima do corredor, obstruindo a luz natural e alterando o ambiente da galeria. A renovação da EwingCole descobriu a clarabóia e as janelas exteriores circundantes, restaurou o reboco decorativo e melhorou a infraestrutura antiga do museu com tecnologias modernas.

Museu Nacional Smithsonian de História Natural em Washington
créditos: Ulf Wallin Photography

A diretora de projetos de iluminação da EwingCole, Angela Matchica, notou a importância de trazer a luz do dia de volta ao espaço, acrescentando que "a luz do sol não refletida criou problemas não só ao museu como aos seus espécimes no passado”.

Os arquitetos da EwingCole recorreram a um sistema de envidraçamento que contém uma nanotecnologia de aerogel que serve tanto de isolante quanto como filtro de luz. Este material atenua a luz ultravioleta e o calor enquanto ilumina a galeria. A luz do dia controlada “invade” agora a sala pela primeira vez em quase duas décadas, os espécimes de 65 milhões de anos abaixo permanecem protegidos e as temperaturas interiores são mais facilmente reguladas.

Melhorias adicionais incluem um novo FossiLab, um espaço de pesquisa interativo totalmente funcional dentro da galeria que oferece aos visitantes uma visão dos bastidores da pesquisa paleontológica. O gabinete de vidro do laboratório leva os visitantes diretamente até às estações de trabalho do cientista, permitindo-lhes ver os especialistas a limpar e a estudar novos e atuais espécimes. O FossiLab foi idealizado para que voluntários de pesquisa possam interagir mais facilmente com visitantes curiosos, um objetivo fundamental para o Smithsonian.