“A água nos tempos medievais e a sua importância na atualidade é o foco da edição deste ano”, disse hoje à Lusa Humberto Marques, presidente da Câmara de Óbidos, vila que entre quinta-feira e o dia 05 de agosto recebe mais uma edição do Mercado Medieval.

Óbidos “foi dos primeiros concelhos do país a ter água, por ação da rainha D. Catarina de Áustria [que em 1570 ali mandou construir um aqueduto”, lembrou hoje o presidente, justificando a “pertinência de adotar este tema”, associando também o mercado às “comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães”, cujo programa terá início no próximo ano.

Reconhecida, já na idade média, como “essencial à vida”, a água estará na base da cenografia e da animação do mercado que, segundo a autarquia, colocará em destaque as suas várias vertentes, como “fonte de superstição e do medo, de fertilidade e do imaginário, elemento fundamental na paisagem e bem constante em afazeres comuns”.

Recurso natural presente no quotidiano dos diferentes estratos sociais, a água “criou hábitos e culturas e foi presença marcante no imaginário do homem medieval na música, na pintura, no teatro, na literatura, nas narrativas de histórias e estórias”, refere a Câmara, numa nota de imprensa sobre o evento.

Quinze tasquinhas dinamizadas por associações do concelho serão responsáveis pela oferta em termos de restauração no recinto, onde se podem igualmente encontrar bancas de vendas de produtos medievais, avistar trovadores, danças e momices, conhecer ofícios e mesteres “e assistir a torneios de armas e cavaleiros.

O Mercado Medieval de Óbidos conta este ano com um orçamento de 212 mil euros.

O Mercado Medieval de Óbidos mantém, mais uma vez, a entrada gratuita para crianças até aos 11 anos e os bilhetes a 7 euros para os restantes visitantes ou a 5 euros para os trajados à época.

O evento estará aberto de quinta-feira a domingo, até ao dia 05 de agosto.

Fonte: Lusa

Fotografia: Mercado Medieval de Óbidos