Restaurantes, museus e outras atrações turísticas francesas foram atingidos de forma severa pelo confinamento de dois meses, e Paris, em particular, ainda sofre com a ausência de milhões de turistas estrangeiros que visitam a Cidade Luz todos os anos.
Mas enquanto os hotéis permanecem praticamente vazios, muitos cafés e restaurantes de Paris, que reabriram há mais de um mês, tentam atravessar a crucial época de verão graças à clientela nacional.
No Jules Verne, o famoso restaurante gastronómico da Torre Eiffel, as reservas estão completas para todo o mês de julho. E, excepcionalmente, quase todos os clientes são franceses.
O mesmo é observado nos Bateaux Mouches, os barcos que cruzam o rio Sena, onde agora pode ouvir o francês mais do que antes.
"A clientela francesa é claramente a mais numerosa. Temos muitas famílias à tarde, graças à entrada gratuita para crianças menores de 12 anos introduzida este verão", disse um porta-voz da empresa Sodexo, que gere o serviço.
Para atrair clientes locais, especialmente os trabalhadores do bairro, Manigold propõe um menu a 24 euros, o que lhe permitiu gerar entre 70% e 80% dos lucros de um mês normal de julho.
Embora os monumentos, cruzeiros e restaurantes tenham conseguido adaptar-se, os que mais sofrem são os profissionais de hotelaria. "Dois terços dos hotéis da capital francesa estão vazios e menos da metade reabriram, algo nunca visto antes", aponta Vanguélis Panayotis.
"Se a situação não melhorar, toda a indústria está em perigo", acrescentou Panayotis.
A França é o principal destino turístico do mundo, com 90 milhões de visitantes por ano. Paris e a sua região receberam 50 milhões de turistas no ano passado.
A França começou a reabrir gradualmente as fronteiras externas do espaço Schengen em no dia de julho.
Em relação às fronteiras internas da Europa, a França suspendeu todas as restrições de tráfego estabelecidas para combater a pandemia em 15 de junho.
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