"Este será o primeiro produto de outros que vamos apresentar e que resulta da colheita de azeitona de vários olivais instalados em pleno Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC). Trata-se de um azeite em modo biológico que foi produzido em parceria com empresa agrícola ‘Gerações de Xisto'", disse hoje à Lusa a presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Aida Carvalho.
O novo azeite será apresentado ao público na loja do MC, na segunda-feira, altura prevista para reabertura da unidade museológica do Vale do Côa, após o segundo confinamento devido à pandemia covid-19.
Nesta primeira fase, serão comercializas na loja 800 garrafas de azeite, numa edição especial dedicada ao Museu do Côa.
Segundo Frederico Lobão, gerente da empresa Gerações de Xisto, projetos desta índole são de extrema importância, porque mostram outras valências do MC e ajudem a promover os produtos excelência produzidos no território e "marcas de pequenos produtores".
Para além desta novidade, Aida Carvalho, avançou que o MC vai receber uma exposição do mestre João Cutileiro, resultante de uma parceria entre FCP, Centro de Arte João Cutileiro e a Direção regional de Cultura do Alentejo(DRCA).
O início da exposição está previsto para 18 de abril, quando se assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
O PAVC detém mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de30 mil anos, cada vez mais expostas a adversidades climatéricas e geológicas.
O PAVC a foi criado em agosto de 1996.
A arte do Côa foi classificada como Monumento Nacional em 1997 e, em 1998, como Património da Humanidade pela UNESCO.
Desde a revelação das gravuras rupestres do Vale do Côa, em 1995, continuam a acrescentar-se novas descobertas e são mais de 70 os sítios arqueológicos já identificados, tornando-se assim numa das maiores áreas a céu aberto da arte representativa do Paleolítico Superior.
O PAVC ocupa uma área de cerca de 20 mil hectares de terreno.
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