"Medidas restritivas ao trânsito ou comércio internacional não são úteis o suficiente para reduzir a transmissão (do vírus) entre os países", disse o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell.
Durante a pandemia, o México também absteve-se de solicitar testes negativos para o coronavírus como condição para entrar.
López Gatell, porta-voz da emergência sanitária, indicou que alguns países estão a enfrentar surtos, apesar de exigir que os viajantes apresentem certificados de imunização e testes negativos.
Sobre isso, mencionou a existência de um regulamento sanitário da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o qual as medidas de prevenção da propagação de doenças "devem ter por base fundamento adequado e não ser excessivas" a ponto de interferir no trânsito ou comércio entre nações.
O certificado de vacinação “não é uma medida eficaz e, pelo contrário, (...) afeta gravemente o bem-estar das sociedades”, afirmou.
Uma estimativa "conservadora" do Ministério do Turismo indica que o México receberá 20,2 milhões de visitantes durante a atual temporada de verão, que vai até o próximo mês, o que representaria um aumento de 178% em relação ao período julho-agosto de 2020.
A expectativa é de um aumento de turistas dos Estados Unidos, Espanha e França, entre outros, com uma ocupação hoteleira de 52,2%.
Antes da pandemia, o turismo no México representava 8,7% do PIB.
O país, de 126 milhões de habitantes, é o quarto mais atingido em números absolutos pela pandemia com 236.469 mortes, embora sua taxa de mortalidade seja a vigésima segunda do mundo por 100.000 habitantes.
Embora o México enfrente uma terceira vaga de casos, os indicadores de mortalidade e hospitalização permanecem estáveis graças ao avanço da vacinação, segundo o governo.
No entanto, estados como Quintana Roo (sudeste), onde está localizado o resort Cancún e um dos mais visitados por estrangeiros, está em alerta laranja, antes do máximo vermelho, segundo autoridades sanitárias.
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