O projeto “O Douro à Volta do Mundo – Magellan World” é promovido pela Associação dos Empresários Turismos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) e foi apresentado hoje, em Vila Real.
“Fernão Magalhães foi o primeiro turista global, foi um homem pioneiro e nós queremos aproveitar esse ativo da nossa região que teve uma projeção mundial”, afirmou o presidente da AETUR, Luís Marques.
Sabrosa, no distrito de Vila Real, é uma das localidades do Norte do país que reivindica ser a terra natal do navegador que protagonizou a primeira viagem de circum-navegação.
O objetivo é, segundo Luís Marques, promover o Douro na senda de Magalhães, divulgando pelo mundo os vinhos, gastronomia, a paisagem, património e a cultura deste território, classificado pela Unesco em 2001.
Divulgar, promover e depois "concretizar negócios" para a região.
O projeto faz também uma forte aposta tecnológica e quer, inclusive, tornar o Douro na primeira “região do mundo a ter um levantamento exaustivo em realidade virtual”.
Samuel Tapada, que integra o “Magellan World”, salientou o “cunho inovador e pioneiro” desta ação que visa criar, desenvolver e disponibilizar conteúdos de realidade virtual e permitir viajar pelo Douro, através de um computador ou um smartphone.
Em curso está a inventariação de 115 locais espalhados pelo património mundial, desde centros históricos, miradouros, passeios em barco rabelo ou o Museu do Douro, que vai ser possível visitar gratuitamente e com recurso apenas a uns óculos de realidade virtual sincronizados com plataformas ‘online’, como o YouTube ou o Google.
Este sistema, frisou, “antecipa na região a próxima tendência tecnológica que influenciará o mundo digital nos próximos anos”.
Samuel Tapada referiu que se pretende que esta tecnologia esteja disponível até meados de outubro, altura em que se realiza a primeira ação de promoção externa do Douro, no âmbito do projeto.
Esta missão leva a região até São Paulo onde decorrerão encontros com operadores turísticos, jornalistas e empresários portugueses que vivem no Brasil.
Em 2017, realiza-se uma segunda ação externa em Buenos Aires, Argentina.
Já este mês, entre os dias 17 e 22, decorre uma visita de 34 jornalistas estrangeiros que vão experienciar o Douro, conhecer as paisagens, o património, as quintas, provar os vinhos e a gastronomia.
O projeto “O Douro à Volta do Mundo – Magellan World” resulta de uma candidatura ao Programa Norte 2020 de cerca de 790 mil euros, com uma comparticipação comunitária de 671 mil euros, e prolonga-se até dezembro de 2017.
O objetivo é, depois, efetuar mais candidaturas para, até 2020, o Douro seguir viagem pelos outros países por onde passou Fernão Magalhães, como as Filipinas.
O projeto conta com a parceria de várias entidades como a Comunidade Intermunicipal do Douro, o Museu do Douro, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Douro Filme Harvest ou a Câmara de Sabrosa.
Envolve ainda a Rede Mundial das Cidades Magalhânicas, que junta cidades e localidades a nível mundial e está a preparar a candidatura da Rota de Magalhães a Património Mundial da UNESCO.
Pretende-se que esta candidatura da Rota de Magalhães a Património Mundial possa estar concluída em 2019, ano em que arrancam as comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães.
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