A primeira prova passa por “nadar” até Agra. Já o fizemos de comboio classe manhosa “tudo ao molho e fé em Shiva” desde Varanasi; na nossa segunda vez fomos no comboio expresso desde Deli e, finalmente, de Uber a partir de Deli. Tirando a versão “manhosa”, porque lembram-se daquela frase do Lethal Weapon? “I’m getting too old for this s**t”, as outras duas possibilidades são relativamente rápidas, seguras e confortáveis.
A seguir é preciso “pedalar” do hotel até ao monumento propriamente dito. E por pedalar entenda-se ir o mais rápido que conseguirem contornando os 1267 senhores indianos que vos vão tentar vender: mini Taj's made in China, uma voltinha de Tuc-Tuc com paragem nas lojas de recordações de todos os primos até ao terceiro grau do condutor, umas chamuças de salmonela com espuma de e-coli e garrafas de água martelada do rio Yamuna.
Finalmente, já lá dentro, terão de “correr” como se a vossa vida dependesse disso das famílias e grupos de rapazes indianos que vão querer uma selfie convosco, sabe-se lá para fazer o quê e publicar onde, literalmente a cada passo que derem.
Se conseguirem superar estas três etapas com sucesso, além de perderem 3 kg de gordura e paciência, vão ter acesso a uma das novas 7 maravilhas do mundo e a todo um universo de oportunidades fotográficas.
Três visitas depois acho que já se pode dizer que conhecemos os cantos todos do Taj Mahal e já podemos lançar os nossos bitaites sobre a melhor forma de o visitar:
1. Está aberto das 6.00 AM às 19.00 PM todos os dias exceto à sexta, dia em que está fechado ao público para serviços religiosos na mesquita. O melhor é evitar visitas ao fim de semana e estar lá antes das 8.00 para conseguir a melhor luz e evitar as multidões.
2. Dá para comprar os bilhetes online ou na hora por 1100 rupias - preço para os estrangeiros (crianças até aos 15 entram grátis).
3. No dia de lua cheia e nos dois dias antes e depois é possível visitar o Taj Mahal à noite (os bilhetes disponíveis são limitados e dão acesso ao Taj durante meia hora).
4. Há três entradas: sul, este e oeste. A este é mais usada pelos estrangeiros, por estar mais perto dos hotéis caros; a oeste é a mais usada pelos visitantes indianos, e por isso a que tem uma fila menor para os estrangeiros que queiram entrar logo à abertura pois as filas de estrangeiros e indianos estão separadas e, finalmente, a porta sul, a menos usada porque fica junto ao mercado e só abre a partir das 8:00 AM.
5. Só se pode entrar com um saco ou mochila pequena, uma garrafa pequena com água, não é permitida comida mas deixaram entrar com algumas bolachas para o Magno. Tripés, isqueiros, carregadores, lanternas e tabaco também não são permitidos.
6. Ao final do dia as melhores vistas do Taj estão do outro lado do rio, a uma distância de 300 rupias de entrada e 8km para cada lado de tuc-tuc, nos jardins Mehtab Bagh.
7. Existe ainda a possibilidade de avistar o Taj a partir do rio Yamuna num passeio de barco. Para encontrar o barco basta descer cerca de 400 metros desde a porta este do Taj (Taj East Gate Road) até ao Ghat Dusshera. Aí encontram um pequeno templo e um espaço onde costuma estar gente a comer e a descansar e perguntem discretamente se há alguém que vos possa levar de barco. Os barcos não estão publicitados em lado nenhum, porque é ilegal levar turistas nestes passeios, e custam cerca de 150 rupias por pessoa por 15 a 20 minutos.
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Artigo originalmente publicado no blogue Mundo Magno
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