Overbooking
Ao contrário do que se pensa, muitas pessoas não comparecem aos voos programados. Já a contar com isso, as companhias aéreas costumam vender mais bilhetes do que o número de lugares que têm realmente disponíveis. A lógica é: vender bilhetes extras e ganhar mais dinheiro, porque alguns viajantes não vão aparecer. Esta estratégia cria inúmeros problemas quando os passageiros chegam à porta de embarque e percebem que há mais pessoas do que lugares no avião.
É importante ter em mente que os passageiros aéreos têm direitos e podem recorrer à lei para serem compensados. Por lei, as companhias aéreas são obrigadas a ressarcir os passageiros por voos com excesso de reservas.
Táxis duvidosos
Más experiências com táxis e taxistas acontecem muitas vezes. Desde desvios inesperados a taxímetros irregulares (ou inexistentes), os turistas acabam por perder muito dinheiro, porque são levados para locais não previstos, transportados sem rumo ou confrontados com uma tarifa astronómica que nunca teriam concordado pagar se soubessem antecipadamente.
Antes de entrar no táxi, é importante ter uma ideia da rota e do tempo necessário para chegar ao destino (o Google Maps pode ajudar). Em seguida, não esquecer de verificar se o veículo está equipado com taxímetro e se este funciona – nunca usar um serviço de táxi sem taxímetro. Outra dica importante: não contratar um taxista que simplesmente garante que a tarifa será mais baixa sem o taxímetro.
Máquinas ATM
Os turistas usam os caixas eletrónicos em todo o mundo, mas nem sempre estão suficientemente atentos quando levantam ou trocam dinheiro. Às vezes, há uma fila de pessoas atrás e a operação demora mais tempo para os turistas do que para os habitantes locais. Alguém se aproxima e pergunta se pode ajudar ou até mesmo cambiar dinheiro. Podem oferecer uma taxa melhor do que a do banco ou a possibilidade de uma transação sem uma taxa de processamento.
O que muitas vezes não reparamos é que a pessoa pode ter visto o nosso pin ou, "ajudando-nos", decidir cancelar a transação, reiniciar e ficar a assistir enquanto inserimos o código do cartão. Mesmo que não seja esse o caso, estão muito próximos do dinheiro. Podem também tentar distrair o turista de algum dispositivo de cópia de cartões montado na máquina, como os skimmers – aparelhos destinados a copiar os dados para depois criar cartões falsificados que podem ser usados em compras e levantamentos indevidos de dinheiro. Essa tática costuma ser combinada com a colocação de uma câmara minúscula que regista as ações do utilizador quando digita o pin. Antes de o turista se aperceber, já o “prestável” criminoso está a levantar o dinheiro ou a acumular faturas às suas custas.
Assegure-se de que o leitor de cartões não está solto ou de que o cartão não ressalta ao inseri-lo na máquina. Em seguida, tape as teclas com a mão quando digitar o pin. Se alguém se oferecer para ajudar, recuse. Nunca permita que outra pessoa cancele a sua transação ou esteja perto quando digitar o pin. Entre em contacto com o seu banco se suspeitar de qualquer ato ilícito.
Rede de Wi-Fi
Internet sem interrupções durante a viagem continua a ser um problema, mas a grande questão é a aliciante rede Wi-Fi aberta ou desbloqueada, que parece ser uma ideia tão boa e uma solução tão simples para as necessidades imediatas em viagem. No entanto, ao conectar-se a uma rede desprotegida, o utilizador deixa as suas informações à mercê de quem queira aceder indevidamente aos seus dados pessoais. Quando nos conectamos a uma rede de Wi-Fi aberta, o “fantasma” por trás da conexão pode roubar as informações pessoais e financeiras armazenadas no nosso dispositivo. Essa é a fórmula perfeita para desviar qualquer identidade e causar danos durante e depois da viagem.
Resista à oferta instantânea e esperar até poder conectar-se a uma rede segura. Se estiver num hotel, café, restaurante, aeroporto ou outro estabelecimento, pode (e deve) pedir acesso à rede oficial. Uma solução que garante segurança adicional é a utilização de uma VPN (rede privada).
Interações com habitantes locais e ofertas
Numa altura ou noutra, qualquer viajante acaba por ser abordado por alguém que quer oferecer-lhe uma pulseira, um colar ou outra bugiganga de recordação. Embora isso pareça um gesto inofensivo e amigável, assim que o viajante aceita o “presente”, a pessoa que o ofereceu exige o pagamento. Ainda mais comum é a pessoa seguir o turista, fazendo uma cena enquanto ele tenta salvar-se da confusão.
Não aceitar “presentes” de estranhos – provavelmente, uma recomendação que já ouvimos desde a nossa infância e que continua a ser um bom conselho. Para evitar burlas e proteger-se em viagem, o bom senso ajuda muito.
Fonte: AirHelp
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