Sabíamos à partida que a nossa viagem pelo Sudeste Asiático seria lenta e em modo low cost. E sabíamos também que nos era possível trabalhar ou fazer parte de um projeto em âmbito social ou ambiental e, dessa forma, ter um contacto direto com novas pessoas (nativos ou não), colaborar em projetos que nos interessavam e até poupar algum trabalhando nesses locais a troco de guarida e alimentação. Só faltava saber como…
Existem várias plataformas online com projetos de voluntariado, algumas gratuitas como o Hippohelp e o Helpx e existem várias pagas como o WWOOF e o Workaway. E se, por um lado, não é fácil chegar a um sítio e perceber logo onde e a em é que podes dar o teu contributo, por outro lado, tu próprio vais querer dedicar o teu tempo e prestar a tua ajuda em algo com um propósito claro, com valores que se coadunam com os teus e que faça sentido para ti… certo? Para além disso, vais querer saber que condições encontrarás: quanto tempo irás trabalhar, em que local, como te vais deslocar para lá todos os dias se necessário, onde ficarás a dormir, onde poderás fazer as tuas refeições, é normal querer ver todas estas questões logísticas esclarecidas antes de te propores.
E foi por nos ter transmitido maior confiança e pela sua forma de organização, que acabamos por nos registar no Workaway. Nesta plataforma podes inscrever-te individualmente ou em casal/dupla pagando a taxa anual de 36€ ou 48€, respetivamente. A plataforma dispõe de vários filtros para pesquisares os projetos de voluntariado. Na página de cada projeto encontras muita informação sobre o local, condições e projeto ao qual te poderás propor e, para além disso, tem uma secção de comentários e críticas de outros voluntários, o que pode ser muito útil para fazeres uma melhor avaliação antes de tomares uma decisão.
Quanto a nós, acabamos por realizar cinco voluntariados durante os oito meses que estivemos no sudeste asiático. Desde trabalhar em quintas biológicas, dar aulas de inglês, desenvolver a comunicação digital para um hostel, a fazer voluntariado num centro de meditação budista (em Thabarwa que, de todos, foi o que mais nos marcou!), entre outros. Todas estas experiências acabaram por ser muito diferentes entre si, mas também muito enriquecedoras, quer pelos aspetos positivos como pelos aspetos menos positivos vividos.
Normalmente trabalhávamos cerca de 4 horas, exceto no voluntariado em Thabarwa porque ali havia sempre muito a fazer (fica a saber mais aqui), as refeições foram sempre mais que suficientes e em todos fomos muito bem acolhidos. Relativamente ao alojamento, foi sempre muito básico e por vezes com condições mínimas, mas isso nunca prejudicou, a nosso ver, nenhuma das experiências.
Em suma, toda a nossa experiência em trabalhos ou serviços acabou por ser sempre positiva, se calhar também fruto do trabalho de pesquisa prévio que sempre fizemos na plataforma Workaway. Aprendemos sobre muitas temáticas como por exemplo a permacultura ou a vida quotidiana de um empresário tailandês, estabelecemos muitas relações de amizade verdadeira e fizemos parte de projetos com pessoas de todo o mundo que acabaram por nos marcar.
Fica a saber sobre esta e outras dicas de viagem que temos para ti. E se este artigo e o assunto do voluntariado e a plataforma Workaway te parecerem úteis, fica a saber mais sobre a nossa experiência aqui. E já agora, não deixes de seguir as nossas aventuras no Facebook ou Instagram.
Comentários