Vários são os desafios que o setor hoteleiro tem enfrentado nos últimos tempos. A maioria devido às novas tecnologias, ao Airbnb e aos novos padrões de viagem dos millenials. Tudo junto, faz com que o setor hoteleiro tenha que se reinventar, como tem estado já a acontecer.
Em outubro realizou-se o congresso Independent Lodging, em Brooklyn, onde, oradores e participantes, identificaram tendências que nada têm a ver com camas chiques, tecnologia de ponta ou restaurantes de topo.
A verdade é que para 2018 prevê-se que cada hotel conte uma história e faça parte da comunidade que o rodeia. O site Travel Market Report identificou 10 tendências para 2018 do setor hoteleiro. Saiba quais são:
O hotel e a comunidade devem estar ligados
Em 2018, é importante que cada hotel esteja bem informado acerca das diferentes experiências possíveis de se ter no meio envolvente. A título de exemplo, o Travel Market Report cita Sarah Eustis, CEO do grupo Main Street Hospitality, que explica que o grupo tem contatos. Assim, “tanto posso ter um encontro de um grupo com um artista ou com o filho de um artista famoso; ou fazer um passeio com o dono da destilaria local, que é nosso amigo”.
Quartos pequenos e espaços públicos grandes
Quem defende esta tendência é Stephen Chan, parceiro do Eagle Point Hotel Partners. Segundo Chan, o formato de quartos pequenos e espaços públicos convidativos são um bom modelo de negócio. Este formato é também muito popular entre viajantes.
Hotéis temporários serão a nova moda
Ainda não ouviu falar dos hotéis pop-up? Um pop-up hotel é um tipo de acomodação que é temporária. Em Portugal, existe o The Nomad.
Hotéis têm que contar histórias
Cada hotel terá que oferecer algo mais para além de uma cama. Ben Rafrer, presidente do OLS Hotels & Resorts, recorda o caso de um dos hotéis com que trabalha e onde o ator George Clooney ficou hospedado. Durante a estadia, George Clooney queria ter a sua própria bicicleta para fazer exercício. Ao partir, Clooney deixou a bicicleta, que agora tornou-se numa atração do hotel.
Hotéis vão associar-se às artes e a outras instituições
Já se vê um pouco em todo o lado. Em Portugal, nasce em dezembro o Eurostars Museum em Lisboa, que integra um projeto museológico que reúne uma vasta coleção arqueológica que traça grande parte da história da cidade de Lisboa. Também recentemente o grupo Vila Galé inaugurou o Vila Galé Porto Ribeira, cuja temática é dedicada às artes.
Marcas de retalho vão continuar a apostar no alojamento
A título de exemplo, surge o diretor do West Elm Hotels, David Bowd, que explica que empresas relacionadas ao lifestyle, como a West Elm, têm uma grande base de dados de clientes e a vantagem de poder equipar hotéis por um custo mais baixo.
Estadias longas vão ser mais “cool”
A aposta do setor hoteleiro passa por aqui. Marcas recentes como a Zoku estão a investir em propriedades com alto design e em lofts.
Espaços gastronómicos serão cada vez mais comuns nos hotéis
Os espaços gastronómicos, conhecidos também como food halls, são uma boa forma dos hotéis aumentarem as receitas, especialmente se apostarem na restauração local, pois acabam por atrair também locais.
Conceito “grab n’ grow” vai continuar a crescer
Muitos hotéis estão a eliminar o serviço de quarto e, por isso, é cada vez mais comum existir comida disponível no lobby 24 horas por dia. O Hotel Evolution, em Lisboa, ou o Joke Hotel, em Paris, são bons exemplos.
Airbnb será uma ameaça e um aliado
A verdade é que esta plataforma de partilha também abre a mente das pessoas para formas alternativas de acomodação, desafiando o setor hoteleiro a reinventar-se e também a apostar em espaços alternativos.
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