Com um estilo arquitetónico típico do Ecletismo do século XIX, Ramiro Leão, um estabelecimento comercial de vestuário para crianças e adultos abriu portas ao público em 1888. Consolidando-se como um dos mais cosmopolitas estabelecimentos comerciais de Lisboa, o seu interior estava preenchido por murais pintados pelo artista João Vaz, ornamentações a óleo nos tetos e um vitral “art nouveau” com motivos inspirados na natureza. Além de tudo isto, tinha também um dos primeiros elevadores públicos da cidade, também ele seguindo o estilo “art nouveau”.

No que diz respeito à sua aparência exterior, o edifício ainda mantém as suas características arquitetónicas, sendo, atualmente, lar de uma loja da Benetton. O elevador, agora parado, também continua lá.

A porta de entrada para o elevador secreto é marcada por um arco inserido numa parede de madeira escura, com uma tonalidade castanho escuro. Logo acima do arco, há um motivo floral esculpido em relevo no mesmo material, e pendurada no arco encontra-se uma placa identificativa feita de metal dourado e preto. No interior, os espelhos nas paredes são emoldurados com o mesmo tipo de trabalho em talha. O banco, que possui estrutura semelhante à cabine do elevador, é estofado com veludo castanho. Obra com mais de um século, foi um dos primeiros elevadores da Europa.

O elevador encontra-se no quarto piso da Benetton do Chiado, nos números 83/93 da Rua Garret.

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Artigo originalmente publicado no blogue A Cachopa.