Troquei algumas palavras com os nossos ‘protagonistas’ neste artigo, hoje, e recebi algumas respostas que me emocionaram. Senti um surto de alegria em algumas pessoas, seja no desejo de nos ver de novo à beira do Atlântico, seja na vontade de quererem mostrar este artigo à família e aos amigos lá ‘na sua terra’, de longe. A mim emocionou-me saber que a bandeira portuguesa é hasteada assim na voz de jovens estrangeiros que levam só boas recordações do país. Espreitei, em estilo voyeur, as fotos que mais energia revelaram em termos de cumplicidade amorosa. E notei que, em Lisboa, a Torre de Belém, o Lx Factory, as calçadas típicas, Sintra e o elétrico amarelinho são constantes nas redes sociais de amar (em) Lisboa. Por exemplo vejam este beijo suave, talvez envolvido com um segredar ao ouvido da @silvianeumannphotography, enquanto o elétrico vem chegando, cansado, pelas calçadas lisboetas que encantam portugueses e não portugueses!
E a cumplicidade está entre as paredes da boa hotelaria portuguesa, com temáticas balinesas como o @garamlisboa. Olhei para esta foto e pensei como o casal sentia uma paz que carateriza a nossa personalidade mediterrânica de povos do sul: viver o presente mesmo de máscara.
E por falar em máscara, sobretudo na contingência COVID-19, recuperei uma imagem do @rad.van.sky que captou uma essência magnífica de um casal, mas de amigas! Elas de máscara, acabadas de chegar à Gare do Oriente. Ali na ponta de Lisboa, o que me interessou nesta foto tornou-se rapidamente uma conclusão: Portugal é um destino de muitos viajantes que vêm ou como casais ou como duas amigas (sobretudo no feminino, sim). Não é um destino muito ‘a solo’. Incrível perceber isso através de um scroll por páginas com o comum hashtag #lisbon.
E aqui ficam algumas dessas imagens, desde a chegada a uma estação de comboio futurista em Lisboa até momentos mais avançados dentro do distrito. Ou seja, a Torre de Belém que parece ter surpreendido a @candykickes ou a nossa raça costeira como a Ericeira onde me enterneceu a doçura da amizade que se vê numa das fotos da Maike Baun @_______jordi_______.
Outros casos me abrandaram os sentidos do meu stress diário (aliás, escrever abranda a minha alma) como a fotografia da @ezgidogann que fiquei a mirar. Quem estaria por detrás da lente que ali, nas corajosas ‘pinturas’ do Lx Factory, captou o sorriso envergonhado da Ezgi? Ela parece tão feliz e misteriosa aqui no nosso país, mas acompanhada de quem lhe dará um brilho especial. Será?
Tal como o sol de Outono lindíssimo na foto da @eugeniahanganu, caminhando com o seu companheiro perto das Docas lisboetas. Uma serenidade que me fez quase meditar sobre o valor do Amor e de como as viagens o potenciam. Viajar acompanhado é um desafio dentro do próprio desafio que é uma viagem. Isto, concordarão, tem muito esforço e mérito. A resolução de conflitos e de imprevistos que ocorrem numa viagem. Nem tudo são férias ou rosas. E isso torna a caminhada ainda mais merecedora, tal como um final de tarde em que a Eugenia, que não conheço, publica uma foto de cumplicidade com a cidade, com o sol e com dois noivos encantadores!
Mais a norte, o icónico Porto tem igualmente casais turistas e bloggers de viagens que escolhem terminantemente a invicta para se beijarem e para percorrem as belezas da alma do Norte. Mas curiosamente, na pesquisa que ia fazendo, as fotos dos casais apaixonados são sobretudo no cenário da Ponte D. Luís como @sashisa_travels numa imagem muito iluminada do Douro e @sweet_home_anywhere que tem uma foto similar mas com tons de Inverno. Essa ponte que muitas histórias de amor tem por si só como um livro de ferro erguido.
A ponte da qual caíram paixões durante o regime ditatorial. Tanta coisa tinha para vos contar sobre tal… mas deixemos isso para o nosso próximo encontro aqui. Porque saltei do Centro para o Norte… vou só dar uma espreitadela ao nosso Sul algarvio que alegra qualquer pessoa, da mais discreta à mais boémia. Mas, os casais estrangeiros também registam fotografias de mãos dadas nas praias do sul português, ora fiquem a admirar @borntotravel.ro.
Entendi que, após esta escrita e observação, a palavra ‘calamidade’ ganhou um sentido mais corajoso e paciente. Espero que sintam isto também.
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