Castelo de Ourém
A 330 metros de altitude, numa posição sobranceira ao vale da ribeira de Seiça, o Castelo de Ourém ergue-se numa antiga confluência de vias rodeado de vários recursos naturais. Pensa-se que o local onde se encontra tenha sido ocupado desde a pré-história, sendo certos os vestígios romanos, visigóticos e árabes. Terão sido precisamente os árabes que terão construído as primeiras fortificações no local, que terão sido tomadas por D. Afonso Henriques no ano de 1136. Mais tarde, o monarca terá mandado fazer obras no reduto defensivo da fortaleza e posteriormente a sua filha D. Teresa, a quem ele doara a posse de Ourém, mandou construir um castelo. Os torreões de inspiração italiana que compõem o Paço dos Condes foram adicionados no século XIII. Para além do referido Paço dos Condes, o castelo tem outros motivos de interesse – a praça de armas onde existe uma cisterna com ligação à nascente de água que terá precipitado o povoamento desta zona; o terreiro de Santiago, onde se encontra uma estátua de D. Nuno Álvares Pereira; a Igreja da Colegiada, que alberga uma cripta; a Fonte Gótica; e um Pelourinho Barroco.
Grutas da Moeda
O Parque Natural da Serra d'Aire e Candeeiros é um conjunto montanhoso de grande valor. Para além dos trilhos que atravessam o Parque, óptimos para quem gosta de caminhadas ou passeios de bicicleta, destacam-se os locais espeleológicos: dezenas de pequenas grutas e algares (depressões que resultam do abatimento do teto de uma gruta). As principais são as de Mira d'Aire, em Porto de Mós, o maior complexo espeleológico visitável em Portugal, com seiscentos metros quadrados abertos ao público num total de onze quilómetros de galerias e túneis.
Mas no concelho da Batalha, a dois quilómetros de Fátima, localiza-se o conjunto das grutas da Moeda, situadas na aldeia de S. Mamede. Estas grutas foram descobertas em 1971 e caracterizam-se pela existência de várias galerias cheias de vistosas formações calcárias de grande beleza. A gruta, cuja temperatura ronda em média os 18 graus, chega a atingir uma profundidade de 45 metros. Cada uma das salas e galerias foi batizada com um nome sugerido pelas formas que as rochas apresentam. Existem assim o Lago da Felicidade, a Sala do Presépio, a Cascata, a Cúpula Vermelha, a Capela Imperfeita ou a Fonte das Lágrimas, para dar alguns exemplos. Também o nome das grutas – Grutas da Moeda - provém da imaginação popular. Segundo a lenda, em tempos passados, um homem rico que por ali passeava foi assaltado por um grupo de bandidos junto a um algar. No meio da luta, um deles tentou arrancar-lhe a bolsa que trazia cheia de moedas, mas a confusão provocou a queda do homem no buraco levando consigo a bolsa. As moedas caíram e espalharam-se pela escuridão, perdidas, afastadas para sempre da cobiça humana.
Monumento Nacional das Pegadas de Dinossauros
Para além das grutas, o Parque Natural da Serra d'Aire e Candeeiros esconde um outro tesouro geológico, um dos mais importantes registos fósseis existentes em Portugal. Trata-se do Monumento Natural das Pegadas de Dinossauro. Na antiga Pedreira do Galinha, situada numa larga extensão de pedra calcária, encontra-se um dos maiores conjuntos de trilhos conhecidos de Saurópodes, um grupo de dinossauros que surgiu no período Jurássico, do qual datam estas pegadas. Eram animais possantes que caminhavam sobre quatro patas, com pescoços enormes e caudas finas e compridas, que serviam para se equilibrem e também para se defenderem. Ao todo são mais de mil pegadas, distribuídas por vinte trilhos. O local foi convertido num parque que dispõe de um circuito autónomo de visita e interpretação da jazida, que permite ao visitante explorar o local de forma independente. Existe ainda o chamado Jardim Jurássico, onde se podem observar alguns fósseis de plantas que existiam no tempo em que estes animais habitavam o planeta Terra.
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