As Árvores de Interesse Público são classificadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que nos cedeu a informação desta galeria. Estas árvores destacam-se não apenas pela sua beleza, mas também pela importância histórica, cultural e ecológica. São elementos vitais que contribuem significativamente para o bem-estar das comunidades e do meio ambiente. Este património natural vale a pena ser descoberto presencialmente.

1. Alameda de plátanos de Ponte de Lima

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Com os seus 83 plátanos centenários, de grande porte e valor paisagístico, que se estendem ao longo de 450 metros na margem esquerda do Rio Lima, é a alameda mais monumental desta espécie existente no nosso país. Constitui um ex-líbris da bonita Vila de Ponte de Lima. A origem do plátano vulgar é incerta, supondo-se que resulta de hibridação natural, em Espanha, entre o Platanus orientalis L., do norte da Turquia e região balcânica, e o Platanus occidentalis L., da América do Norte, que terá sido introduzido em Inglaterra no séc. XVII, sobretudo em Londres, daí o nome porque também é conhecido internacionalmente, London Plane ou plátano-de-londres, tendo, a partir daí, sido disseminado por parques e jardins das regiões temperadas sendo, atualmente, uma das espécies mais utilizadas em meio urbano.

2. Araucária de Vila Praia de Âncora

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Árvore centenária, de grande porte e singular beleza, que deverá ter sido plantada em 1886 quando da construção da moradia de férias em cujo quintal, cercado por murete com gradeamento em ferro forjado, foi instalada. Com os seus 40 metros de altura, é um dos maiores exemplares da espécie no nosso país, sendo uma referência na paisagem urbana e, por se avistar do mar, sobre o casario da Vila Praia de Âncora, constitui uma baliza (de orientação) para os pescadores e navegantes.

3. Carvalho de Calvos

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Exemplar com cerca de 700 anos e de porte notável que, com 11,45 m de perímetro na base, 7,62 m de perímetro do tronco, 30,00 metros de altura, 36,00 metros de diâmetro da copa e mais de 1000 m2 de projeção da copa, é o maior do nosso país e considerado o mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa. Para proteção deste monumento natural, o Município da Póvoa de Lanhoso adquiriu diversos prédios rústicos, do minifúndio minhoto, em volta da árvore, onde inaugurou, em junho de 2005, o Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e um parque recreativo e de lazer com 3,1 ha, para exposição e ações de educação ambiental em que o carvalho é o seu elemento central.

4. Freixo da Quinta da Fonte Real

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Exemplar que, pela extraordinária dimensão do fuste, com 12,8 m de perímetro na base e mais de 2,0 m de diâmetro, poderá ter mais de 500 ou 600 anos. Fica no centro do pequeno largo, de acesso público, da Quinta da Fonte Real, Lourinhã, onde há uma capela alpendrada, um velho tanque com um cruzeiro e um portão e construções antigas que poderão ser dos sécs. XVII ou XVIII. O freixo tem uma cavidade interior que se alarga bastante na base, o que lhe dá pouca estabilidade.

5. Sobreiro dos Fetos

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Sobreiro que é um dos mais antigos e bonitos do país, de bom porte e revestido de espessa cortiça virgem que, por sua vez, está revestida de denso coberto de fetos (Davallia canariensis (L.) Sm.), umbigos-de-vénus (Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy) e musgo, que lhe conferem um aspeto exótico e pitoresco com um considerável efeito cenográfico e paisagístico. O sobreiro encontra-se numa caldeira semicircular revestida de bonitos agapantos, protegida por um gradeamento em ferro forjado, a toda a volta, assente em murete baixo de alvenaria, com porta de acesso, à entrada do Largo da Quinta do Relógio, junto ao seu gradeamento e diante do portão da Quinta da Regaleira, em Sintra.

6. Plátano do Rossio

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Exemplar plantado em 1838 pelo médico e botânico José Maria Grande que, na altura, era diretor do Jardim Botânico da Ajuda e Governador Civil de Portalegre. A árvore é uma das árvores mais veneráveis do nosso país. Com 6,10 metros de perímetro na base, 6,36 metros de perímetro do tronco, 23,00 metros de altura e 31,00 metros de diâmetro da copa, é considerado o maior da Península Ibérica. Foi a 3.ª árvore a ser classificada de interesse público em Portugal sendo, atualmente, a mais antiga com esta distinção.

7. Azinheira de Alportel

Um percurso pelas Árvores de Interesse Público nacionais
créditos: ICNF

Exemplar multissecular e de porte notável para a espécie que, com 10,30 m de perímetro na base, 4,90 metros de perímetro do tronco, 17,0 metros de altura e 26,0 metros de diâmetro de copa é, talvez, a maior azinheira de Portugal. Impressiona, sobretudo, pela largura do fuste de onde se erguem seis grossas e longas pernadas, em taça, que suportam uma copa ampla, densa e frondosa, de grande beleza e efeito paisagístico. Sob a copa, que proporciona uma sombra fresca e agradável, há duas mesas e um banco sendo o espaço, atualmente ajardinado, procurado pelos habitantes. Do lado da Rua Serpa Pinto, em São Brás de Alportel, tem um painel identificativo e interpretativo.