
A Torre é uma das referências para a descoberta da Serra da Estrela. Só quando há muita neve — um dos momentos mais esperados — é que os acessos rodoviários são cortados.

Com vento e nevoeiro torna-se inóspito e percebemos melhor o impacto dos 1993 metros de altitude.

Com céu limpo, a vista alcança a serra da Boa Viagem, junto à Figueira da Foz, a serra do Marão e, para Sul, a serra de S. Mamede, no distrito de Portalegre.
A cordilheira sempre teve um grande impacto em toda a região Centro de Portugal. Por outro lado, foi associada a lendas, a um lugar sagrado e a referência da nacionalidade. Um conjunto muito alargado de motivos que contribuiu para que a Torre seja muito visitada.


Muitos vêm à procura da beleza natural. O planalto coberto de branco ou a aridez selvagem do verão. Na primavera e outono é um excelente ponto de partida para caminhadas.
São poucas as construções na Torre.

Além dos dois pequenos centros comerciais, em edifícios térreos, destacam-se as duas torres com cúpula redonda e que foram antigos radares da Força Aérea utilizados pela Esquadra N.º 13 e desativados em 1971.

Há ainda a capela da Senhora do Ar e centenas de metros de subterrâneos que eram utilizados pelos militares, mas aos quais não temos acesso.

Destaca-se ainda uma torre de pedra, como se fosse uma fortaleza, mas que deve provocar confusão aos visitantes sobre o nome do lugar que antes se chamava Malhão da Serra.

A designação de Torre surge depois da construção de uma base de pedra que tem por cima um marco geodésico. O conjunto tem a altura de sete metros, o que faltava para a Serra da Estrela atingir a altitude de dois mil metros. A construção foi em 1806 quando D. João (futuro D. João VI) era regente e após um levantamento com dados geográficos de Portugal Continental.
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