Quando, em 1907, o governador da então colónia alemã de África Sudoeste decidiu criar um Parque Nacional com o fim de preservação da vida animal, o Parque não era vedado (o que permitia as migrações dos animais, tal como o Parque de Serengeti) e tinha uma área de aproximadamente oitenta mil quilómetros quadrados (ou seja, um pouco menor do que a área de Portugal), mas ao longo do século XX foi sofrendo reduções até em 1970 atingir a sua área actual de cerca de vinte e três mil quilómetros quadrados.
Todo o Parque é muito seco, tendo algumas nascentes naturais permanentes, alimentadas por reservas de água subterrâneas. A geografia e morfologia do Parque é a razão da sua fama mundial e do seu carácter único, mesmo no que toca à observação de vida animal. Isto porque a aridez do terreno e a escassez de pontos de água faz com que os animais, de diferentes espécies, se reúnam na mesma área restrita e acessível às objectivas das máquinas fotográficas dos turistas. É só esperar e, mais cedo ou mais tarde, a procissão de espécies irá passar diante dos nossos olhos.
Em todos os acampamentos, a grande atracção é o ponto de água estrategicamente localizado junto à vedação (do lado de fora!) dos acampamentos. É possível passar lá o tempo que se queira, aproveitando a verdadeira passerelle de vida selvagem que certamente se seguirá. Nas nossas duas noites no Parque, enquanto em Okakuejo, as estrelas foram dois leões macho, que descansavam junto a um elefante bebé (morto), em Halali, pudemos testemunhar uma verdadeira procissão de diferentes espécies a saciar a sede ao fim do dia, nas quais se destacou uma manada de elefantes, liderada por um impressionante e ruidoso macho, e um casal de rinocerontes em modos de preliminares.
Longe dos pontos de água (mas não muito!), também é possível observar vida animal, muito diversificada no que diz respeito a aves, e se se tiver sorte, como nós tivemos, até se pode observar um lindo leopardo, furtivo e camuflado, abrigado à sombra de uma árvore.
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