Alguns operadores turísticos oferecem passeios de barco até lá a partir de Curaçao. Os barcos saem bem cedo e às 06:45 da manhã já eu estava no cais pronta para partir.

Assistir ao nascer do sol é sempre uma experiência especial, mas quando estás ao pé do mar parece que é ainda melhor! És invadida por um sentimento tão bom. Uma felicidade e gratidão por viveres num planeta lindo e teres oportunidade de vivenciar momentos maravilhosos como aquele.

A meio da travessia, uma boa surpresa: golfinhos. Um grupo deles aproximou-se do nosso barco e começou a nadar e saltar à nossa frente, simplesmente lindo.

Golfinhos
créditos: Travellight e H. Borges

O passeio de barco até Klein é bastante agitado, por isso, quem é propenso a enjoos convém tomar um comprimido para não se sentir mal ou então usar o seguinte truque: olhar sempre para a costa. Quando não conseguirmos ver mais terra, devemos concentrar-nos na linha do horizonte. Tenho uma pessoa amiga que diz-me que este truque resulta e que assim consegue não ficar enjoada.

Como não tenho esse tipo de problema, pude apreciar o passeio sem qualquer má disposição. Cerca de duas horas depois chegamos finalmente à pequena e remota ilha onde íamos passar o dia. Que lugar lindo!

Quando desembarcas descobres o melhor de tudo: tartarugas.

Tartarugas
créditos: Travellight e H. Borges

Klein Curaçao é ideal para a pratica de snorkel.

Não muito longe da costa encontramos um recife de coral. Está bastante danificado e em certos locais até morto mas ainda é possível ver algum coral em bom estado, peixes coloridos e tartarugas sem ter de mergulhar muito profundamente.

Klein Curaçao
créditos: Travellight e H. Borges

O melhor da ilha é a sua maravilhosa praia. A operadora que faz os passeios até Klein montou uns guarda-sois que são absolutamente necessários para não virares um churrasquinho ao sol. A ilha é muito, muito quente e um bom protetor solar com um fator bem alto é indispensável.

Um pouco de história

Hoje é uma ilha desabitada mas no passado, Klein Curaçao foi usada pelos Holandeses para colocar de quarentena escravos doentes. Muitos não sobreviveram e os seus túmulos ainda estão na ilha.

Os restos do antigo edifício de quarentena ainda podem ser encontrados no lado noroeste da ilha. Triste pensar que, outrora, um lugar tão paradisíaco, serviu uma instituição tão cruel como a escravatura humana…

Mais tarde descobriu-se que esta pequena ilha tinha depósitos de fosfato e a partir desse momento transformou-se numa mina.

O processo de mineração acabou com as colinas e com a vegetação local e tornaram Klein Curaçao num lugar quase deserto e de aspecto um pouco desolado.

Barcos encalhados
créditos: Travellight e H. Borges
Farol
créditos: Travellight e H. Borges

Uma ilha baixa dificilmente é vista no escuro e Klein Curaçao tornou-se num perigo para a navegação. Correntes e ventos fortes também não ajudaram e, como resultado, muitos navios encalharam na ilha. Com o fim de evitar os desastres foi construído um farol, hoje também abandonado.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World