Foi aqui que aterrei em outubro quando ainda estava em curso um processo mais rigoroso para se poder entrar no país. Sendo a Tailândia um país que depende bastante do turismo, ainda mais Phuket, faz sentido que seja dos poucos países no Sudeste Asiático a avançar com um plano para a recuperação deste setor.
Esta é a minha primeira vez em Phuket, portanto, não posso comparar ao período pré-pandemia, mas posso dizer que a área está bastante sossegada. Não se tropeça em turistas em todo o lado como era habitual na Tailândia. Assim, se sempre desejou vivenciar uma Tailândia menos turística, esta é, sem dúvida, a oportunidade.
Phuket tem várias praias de água cristalina para visitar, e muitas ilhas para explorar também. No entanto, penso que uma das áreas mais bonitas para explorar aquando da estadia em Phuket é o Parque Nacional de Phang Nga.
O parque presenteia-nos com a paisagem idílica de dezenas, senão centenas de montanhas calcárias que emergem do mar, dando lugar a um cenário único e deslumbrante que não é possível visitar em qualquer lado do mundo.
Existem várias tours com pacotes que incluem visitas a ilhas, mas optei por fazer esta visita por conta própria. Consegui juntar uns amigos feitos há poucos dias e alugamos uma mini-van e um barco para podermos escolher o que fazer.
O primeiro ponto da visita que nos leva por entre os imponentes penhascos calcários é a Ilha James Bond. Esta é a ilha mais famosa da baía e daí estar mais desenvolvida para receber turistas, apesar de não haver muito para fazer nem ver na ilha, já que a área para explorar é pequeníssima.
Para além de uma vista privilegiada para a tal ilha emblemática da saga 007, aqui pode-se relaxar numa praia demasiado pequena, ou perder 10 minutos a explorar pequenas cavernas. Na minha opinião, não vale a pena uma paragem aqui, já que uma fotografia do barco ao passar pela ilha teria o mesmo impacto…
Depois disto, decidimos fazer canoagem num local conhecido como “Lod Cave”. Este foi, sem dúvida, o ponto alto da visita, e onde se notou mais a falta do turismo. Para além do nosso grupo, só vimos mais uma mão cheia de outros turistas que estavam a acabar o seu passeio quando chegamos.
Na canoa connosco, vai um guia Tailandês que nos leva pelos locais que conhece. Ele sabe bem melhor do que nós o que ali há para explorar, portanto faz todo o sentido a sua presença. Foram os próprios guias que fizeram questão de nos dizer que temos muita sorte por estar a visitar nesta altura pois em outros tempos não nos teriam levado a determinados sítios que nos provocam vários “uau” com muita naturalidade.
Os sítios eram lindos, com cavernas de entradas estreitas em que nos temos de deitar na canoa para passar, pelo meio dos mangais até recantos escondidos. Tentei imaginar como seria aquilo tudo cheio de outras canoas e entendi como tivemos grande privilégio em ver este local deste modo, pois noutra altura haveria filas de canoas para passar em certos lugares.
O último local que visitamos de barco foi uma aldeia flutuante conhecida pelo seu campo de futebol flutuante também, que julgo ser único no mundo. Tarefa difícil para quem lá joga pois decerto tem de ir várias vezes à água para recuperar a bola.
Esta comunidade é muçulmana, e a mesquita dourada plantada no meio das casas faz as delícias da paisagem. A vila aparenta ser muito pobre e é triste pensar em como aquelas pessoas têm sobrevivido sem todo o turismo que tinham anteriormente.
Finalmente, almoçamos por lá num restaurante também ele flutuante com uma vista lindíssima dos vários penhascos de calcário que compõem a paisagem nesta zona.
Para entrar nestes locais necessitamos sempre de mostrar o nosso certificado de vacinação.
Para acabar o dia decidimos visitar o mais famoso miradouro da baía Phang Nga: Samet Nangshe.
Este miradouro lindíssimo conta com um restaurante panorâmico no topo e até com quartos. O local tem vista privilegiada para a baía e para os inúmeros penhascos que se perdem de vista. Sem dúvida, um local que vale a pena visitar.
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