Gostei bastante de conhecer Sigtuna. Um lugar muito charmoso, bem perto do aeroporto que serve a capital da Suécia, na região metropolitana de Estocolmo. Passei por lá quando andava a fazer a primeira grande viagem relatada em directo no Viajar em Família.

Apesar de actualmente ser apenas uma pequena localidade, é em Sigtuna que se reconhece estarem as raízes suecas. Conta a lenda, que em 970 o rei Érico o Vitorioso, escolheu este local para iniciar uma nova era na história do país. E assim começou a sua formação.

Durante a minha visita, apercebi-me da importância deste título para Sigtuna. Várias vezes encontrei o slogan "Sigtuna, where Sweden begins", ou seja, Sigtuna, onde a Suécia começa.

Devido a este estatuto, existem turistas a chegar todos os dias à procura da História e da tal génese sueca. Mas não se deixem intimidar. Estes grupos tão depressa chegam como vão embora, por isso recomendo que façam esta visita ao vosso ritmo.

Sigtuna fica a 12 km do aeroporto de Arlanda (onde está estacionado o Jumbo Stay, um avião Jumbo Boeing 747 que agora já não voa e está transformado em hostel) e a 50 km de Estocolmo. Acho que vale bem a deslocação, que dá a conhecer a perspectiva de uma pequena cidade sueca em contradição com a enorme capital ali tão perto.

Eu gostei muito da visita vagarosa pelas ruas, edifícios medievais, ruínas de igrejas. As lojas são pequeninas e charmosas. Muitos cafés têm esplanadas (que ocupam metade da rua) e apesar da quantidade de turistas que lá passam diariamente, senti que não perderam a sua autenticidade.

Tudo aquilo pareceu-me até quase como um museu ao ar livre, ali disponível para todos apreciarem, globalmente bem conservado e organizado. Para completar este cenário, Sigtuna fica nas margens do lago Mälaren com um enquadramento clássico do lifestyle sueco: muita água, muito verde e casas de madeira coloridas.

Recomendo a visita durante os meses quentes (Junho a Agosto) e que se dirijam ao posto de turismo local para ficarem munidos de mapas e informações actualizadas. Eu encontrei lá muita simpatia e disponibilidade para me indicar todas as visitas que devia fazer. Mas uma coisa vos garanto já: é bastante difícil perderem-se ou não encontrarem seja o que for em Sigtuna, uma localidade que tem apenas uma rua comprida - Stora Gatan.

É aqui que existem casas de madeira originais dos séculos 18 e 19. Num desses edifícios está instalado um museu, que tem visitas guiadas. É preciso escolher entre os horários disponíveis em inglês e em sueco para ficar a conhecer uma casa tradicional sueca, e as histórias que retratam bem a vida diária daquele tempo e da família que lá viveu.

Todos os percursos são muito family friendly, para serem realizados a pé e com muita descontracção. Existe até o programa "Smalltuna", que oferece uma agenda de coisas para fazer em família. Mas já que este lugar, com mais de mil anos de idade, está rodeado de natureza acho que é sempre fácil entreter os miúdos com caminhadas, piqueniques ou simplesmente banhos no lago.

Devido ao tamanho da cidade, três ou quatro horas são suficientes para todos os passeios. Mas recomendo que se organizem entre as visitas interiores e exteriores, pois às 17h já está quase tudo fechado. O centro desta cidade histórica a partir dessa hora, torna-se praticamente deserto. O movimento nas ruas quase desaparece e as pessoas concentram-se mais perto do lago.

Guardem pois os passeios exteriores para usufruir ao fim do dia, já que durante o Verão sueco existe luz exterior até perto da meia-noite. E preparem-se para guardar também memórias de lindíssimos recantos e pormenores. A mistura das várias cores na paisagem, as bonitas flores à janela, as bicicletas que passam constantemente e nos acenam.

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