É no Canadá que se encontra a grande obra dos castores que mostra que, afinal, a espécie humana não é a única a construir coisas com grandes dimensões ao ponto de se verem a partir do espaço.

O maior dique feito por castores foi descoberto em 2007 pelo cientista canadiano Jean Thie através do Google Earth. A represa fica numa zona remota do Parque Wood Bufalo, em Alberta, e tem 850 metros de comprimento, segundo o livro do Guiness.

De acordo com o Guiness, a existência do dique foi confirmado por guardas florestais da Parks Canada, que tiraram fotos a partir de um helicóptero em maio de 2010. Depois de analisar fotos antigas de satélite e aéreas – e tendo em conta que se encontra numa zona de difícil acesso, o que descarta que tenha tido mão humana – , Thie concluiu que a construção resulta do trabalho de várias gerações de castores, que, provavelmente, trabalham no local desde meados da década de 1970.

Até à descoberta deste dique, o recorde pertencia a uma de 652 metros situada no estado norte-americano de Montana.

A construção de diques e barragens é a característica mais conhecida dos castores, que são também símbolo do Canadá.

Rob Mark, um aventureiro e membro do The Explorer's Club da cidade de Nova Iorque, terá sido a primeira pessoa a visitar o dique mais longo do mundo feito por castores. Na altura, 2014 e com 44 anos, Mark demorou nove dias até chegar ao destino final e descreveu a viagem como “stressante” devido aos mosquitos e aos desafios de caminhar por uma zona selvagem e pantanosa.

Vários foram os meios a falar com o aventureiro na época, contudo, existem  poucas imagens, pois, segundo Mark, o dique é uma maravilha para ser vista ao vivo e porque não achou a estrutura muito fotogénica. Ainda assim, avaliou a experiência de foma positiva, especialmente por ter tido a oportunidade de experimentar a sensação de ser o primeiro no mundo a pisar um território.