Os Jardins de La Fontaine estão localizados no centro histórico de Nîmes. A sua construção começou em 1745, por ordem do Rei Luís XV e o projeto foi desenvolvido por Jacques Philippe Mareschal, engenheiro militar do rei e por Pierre Dardailhon, arquiteto de Nîmes. O plano original era fornecer um cenário paisagístico para a fonte que diziam estar na origem da cidade, mas no decorrer das obras, um antigo santuário e outros vestígios romanos foram descobertos. Alguns ficaram intactos, como o Templo de Diana, outros porém foram cobertos, como o teatro, que permanece escondido sob uma encosta ajardinada. 

Alguns serviram ainda de base para outros empreendimentos, como a bacia ao redor da própria nascente. 

O monumento construída em volta da nascente, com os seus degraus semicirculares, um canal e uma ilha central, baseiam-se em características originais de uma piscina romana que ali existia anteriormente e cujas características foram descobertas durante as obras.

A fonte, que foi a razão inicial da construção deste jardim, já era usada antes da chegada dos romanos à Gália, por uma tribo celta local, os Volcae Arecomici, que aqui veneravam o seu deus, Nemausus — espírito guardião da primavera, que eles acreditavam ter propriedades curativas.

Os romanos quando conquistaram a região encorajaram a continuação destas crenças e  construíram a piscina ao redor da fonte.

O sítio romano foi abandonado na Idade Média, até ser redescoberto durante as obras do jardim e da regularização do caudal da nascente.

Desde que os jardins foram originalmente criados, muitos espaços foram adicionados, e agora são unidos pelas trilhas de um jardim mediterrâneo paisagístico com pinheiros, carvalhos, ciprestes e outras plantas. 

Há ainda um jardim de pedras, grutas e um lago com peixes e plantas aquáticas.

Os Jardins também contêm dois conjuntos bem preservados de ruínas romanas, o Templo de Diana e a Torre Magna.

O Templo de Diana e a Torre Magna

As ruínas de aparência romântica do Templo de Diana estão perto da fonte e já fizeram parte do santuário romano dedicado à primavera. Outrora considerado um templo encomendado pelo imperador Adriano para a esposa do seu guardião, Plotina, e até um recinto de banhos públicos, acredita-se agora que tenha sido antes uma biblioteca, pois tem uma planta e um design semelhante à biblioteca de Celso em Éfeso. A data de construção é desconhecida, mas provavelmente é do tempo de Augusto. 

Durante o período medieval, do século X ao XVI, o edifício chegou a ser utilizado como parte de um mosteiro e tornou-se a Capela da Fonte para os monges beneditinos até ser completamente abandonado e esquecido.

A Torre Magna, (Grande Torre), é uma torre galo-romana que fica no ponto mais alto da cidade nos Jardins de La Fontaine. Originalmente uma torre de pedra seca, quase em forma de cone, construída pela tribo celta local no século III a. C, atingia cerca de 18m de altura, e fazia parte das muralhas do povoado durante a Idade do Ferro.

Quando os romanos conquistaram a área, aproveitaram a estrutura  já existente  e incorporaram-na nas novas muralhas da cidade. Dobraram a altura para 36 metros e construíram a sua torre em torno da que já existia, de modo a que fosse totalmente englobada. Era de planta octogonal e tinha três pisos, a que se subia por uma grande rampa assente em arcos, que hoje parece ter sido cortada e na sua maioria destruída.

A torre tem uma história curiosa: conta-se que no século XII, um jardineiro local leu as profecias de Nostradamus e acreditando que um enorme tesouro seria encontrado num antigo edifício em Nîmes, obteve permissão do rei Henrique IV para escavar a torre. Sem pensar na preservação, ele destruiu a maior parte da torre original da Idade do Ferro que estava dentro da romana, além de danificar também grande parte da torre romana, cujo nível superior acabou por cair.

Os Jardins de La Fontaine, são dos jardins mais belos da Europa e vale muito a pena passar uma tarde de sol a descobri-los!

Podem ler mais sobre a bonita cidade de Nîmes aqui.

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