Texto e fotos por Andreia Costa

Às cinco da manhã estava na hora de acordar e meter-me a caminho do lado Atitlán. Antes disso, ainda ia parar num lugar especial em Chichicastenango. O maior mercado maia do mundo.

A cidade de Chichi (chamada assim pelos locais), é um importante centro da Cultura Kiché, um dos ramos em que subdividiu a cultura maia.

O mercado realiza-se todas as quintas e domingos e é muito mais do que apenas sobre compra e venda de produtos.

Chichicastenango
Mercado maia em Chichicastenango créditos: Andreia Costa

É quando as comunidades encontram-se e discutem as suas necessidades, os jovens conhecem os seus futuros amores, os xamãs realizam rituais ancestrais de purificação e os fiéis acedem velas para os deuses antigos e santos herdados pelos espanhóis.

Após percorrer as ruas do mercado, negociar alguns produtos e almoçar num típico restaurante, estava na hora de continuar a jornada até ao Lago Atitlán.

O lago Atitlán formou-se à 11 milhões de anos, após uma erupção vulcânica.

Lago Atitlán
Lago Atitlán créditos: Andreia Costa

É o lago mais profundo da América Central, podendo chegar a 340 metros de profundidade. É onde mergulhadores experientes e com alguma formação específica, podem mergulhar e encontrar uma cidade Maia completamente preservada.

Ao redor do lago existem várias povoações maias, a viver nas margens do Atitlán. Cada uma com características diferentes mas todas elas com os seus costumes bem vincados.

Apesar de ser ainda o segundo dia na Guatemala, consigo ter contacto com a cultura nativa e com os povos. Ainda não estão "corrompidos" pelo turismo de massas. Conseguimos ter uma experiência 100% real. Isso é algo que me agrada e que tento procurar em todas as viagens que faço.

Lago Atitlán
Lago Atitlán créditos: Andreia Costa