Eça de Queiroz no País dos Faraós

Eça de Queiroz é um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos, famoso por títulos como O Crime do Padre Amaro, Os Maias, ou O Primo Basílio. Em 1869, Eça partiu para o Egito na companhia do Conde de Resende, seu amigo, para assistir a abertura do canal do Suez. As memórias dessa viagem foram publicadas e hoje neste artigo propomos-lhe um “cheirinho” do que é, sem dúvida um dos melhores livros de viagem oitocentistas portugueses.

“O Egito é o vale do Nilo. É um traço de vegetação, de vida, de frescura, através da infinita lividez do deserto.” flyingcarpetoursegipt | CC0 | Pixabay · Pixabay

Eça de Queiroz era uma pessoa cosmopolita, um “cidadão do mundo” como lhe chamaríamos hoje. Com efeito, visitou e viveu em vários países do mundo, até porque as suas obrigações como diplomata o obrigavam a tal. Ainda antes da publicação dos seus maiores êxitos literários, aos 24 anos, Eça de Queiroz viajou pelo Egito, o que influenciou algumas das suas obras posteriores, sendo o melhor exemplo disso A Relíquia. Dessa experiência resultou um livro intitulado O Egito. Notas de Viagem, que hoje ainda conta com várias edições nos escaparates.

J.C. Tenreiro | CC BY-SA 4.0 | wikipedia créditos: wikipedia

É certo que as transformações políticas e sociais que o país sofreu mudaram a face do Egito e, em larga medida, se recriarmos a viagem de Eça vamos ter dificuldades em encontrar o país que ele visitou. No entanto, os traços milenares da civilização do Antigo Egito bem como os seus lugares sagrados permanecem largamente intocados.

Tem dúvidas? Então veja a galeria abaixo e compare fotografias do Egito contemporâneo com as palavras do próprio Eça.

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