No final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as forças soviéticas ocuparam a parte oriental da Alemanha, enquanto os Estados Unidos e outras forças aliadas tomaram o controlo da parte ocidental do país. O Muro de Berlim, construído em 1961, manteve-se como uma fronteira simbólica da divisão política e económica entre o Oriente e o Ocidente, referida como a Cortina de Ferro.

Dois dias depois de vedada a passagem entre Berlim Oriental e Ocidental através da construção de uma cerca de arame farpado, a Alemanha Oriental iniciou a construção de um muro, que pretendia impedir a passagem e fuga dos habitantes de Berlim Oriental para o oeste. Em 1961, aproximadamente 20% da população da Alemanha Oriental tinham migrado para a Alemanha Ocidental.

Na década de 1980 a União Soviética passou por um período de estagnação, diminuindo a sua influência no Bloco Oriental. Em consequência, uma tendência de reunificação começou a emergir na Alemanha Oriental e Ocidental ao longo dos anos seguintes. Em 1990, os partidos conservadores da Alemanha Oriental que apoiavam a reunificação venceram as eleições, conduzindo ao desmantelamento do estado. A 3 de Outubro de 1990, a reunificação política ocorreu sob o que era então a constituição da Alemanha Ocidental.

A maior parte da estrutura foi demolida, mas a East Side Gallery foi uma das poucas secções a ser preservada. Artistas de todo o mundo dirigiram-se a Berlim e através das suas produções artísticas deixaram um testemunho dos acontecimentos que estavam a mudar o mundo, a euforia e as grandes esperanças para um futuro diferente e melhor.

Atraindo 3 milhões de turistas anualmente, os atos de vandalismo eram frequentes. Os turistas apropriavam-se de fragmentos do muro e escreviam sobre ele, destruindo as pinturas e condenando o muro de Berlim a uma destruição progressiva.

Muro de Berlim
créditos: Heiko Küverling | Dreamstime.com

Para promover a conservação deste muro histórico, em 2016 foi colocada um barreira de metal ao nível da cintura, colocada à distância de um braço de comprimento da parede. Esta proteção não impede aqueles que estão determinados a deixar a sua marca no muro de fazê-lo, mas deixa uma mensagem clara sobre a necessidade de preservar este monumento, reconhecido como um património protegido.

A galeria foi restaurada pela última vez em 2009 e diversos artistas foram convidados a retocar os seus trabalhos. Em tempos um símbolo de um país dividido, é hoje uma galeria de arte a céu aberto, destacando-se como um lugar de visita obrigatória a todos os que visitam a capital alemã.