Esta bela edificação do século XVIII foi palco de momentos históricos e personagens distintos.

Em 1864, recebeu, na presença de Henry Dunant, fundador da Cruz Vermelha, a cerimónia de encerramento da primeira Convenção de Genebra para proteger os militares feridos no campo de batalha, que marcou o nascimento do Direito Humanitário.

Mais de um século depois, em junho de 1969, o papa Paulo VI celebrou uma missa para 70.000 pessoas no parque, até então o único espaço em Genebra capaz de receber tamanha multidão.

"Nesta hora de contrastes na história da humanidade, cheia de perigos, mas também de esperança, cabe a vocês, de um lado, construir a justiça e, de outro, assegurar a paz", disse Paulo VI na visita.

Vista para o parque e o lago

O Parque de La Grange, o maior da cidade, é o cenário perfeito para a "villa", em parte protegida por grandes árvores no seu lado sul, e com uma vista aberta para o parque e para o lago, ao norte.

Há uma semana, o local é um formigueiro de pessoas em atividade. No interior, artesãos trabalham, enquanto os grandes candelabros são limpos, e os móveis, deslocados. Do lado de fora, a segurança é mais visível, e o parque foi cercado por uma barreira metálica.

Na entrada, os dois leões de pedra, guardiães simbólicos da reunião, foram lavados a alta pressão.

O lugar foi criado nos anos 1660 pelo comerciante Jacques Franconis e foi comprado pelo banqueiro Marc Lullin em 1706. A família deste último instalou na propriedade um jardim de estilo francês.

Arruinado pela Revolução Francesa, Jean Lullin vendeu o conjunto para François Favre, que fez a sua fortuna no comércio com o Oriente.

Sonho de bibliófilo

A família Favre transformou a casa e o parque e mandou construir uma grande biblioteca, em 1821. Nela, está a prestigiosa coleção de Guillaume Favre, com cerca de 15.000 obras, de acordo com o site da Biblioteca de Genebra, que a administra. Os volumes mais antigos datam do século XV.

A cidade organiza, a cada primavera, visitas guiadas à "villa" para que o público conheça as salas de recepção, os quartos e biblioteca.

O filho mais novo de Guillaume Favre doou a "villa" e o parque para a cidade de Genebra em 1917 e, posteriormente, legou a biblioteca para a cidade. Em 1918, o parque foi aberto ao público.

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