Hoje antiga e insuspeita, Akhaltsikhe já foi um dia cobiçada por alguns dos maiores impérios da história da civilização. Vieram turcos, mongóis e persas, e a cidade saltitou entre uns e outros, aos quais se juntaram mercadores e itinerantes vindos um pouco de toda a parte. Um dia, o mundo todo coube em Akhaltsikhe, e todos os que por lá passaram deixaram a sua marca.
No topo de uma colina, ergue-se a muralha do Castelo Rabati. Embora hoje a cidade se expanda para lá dos limites do rio, nos tempos áureos de Akhaltsikhe toda a urbe cabia dentro daquelas imponentes e grossas paredes. Passado o portão, é impossível não ficar impressionado ou reparar no legado das diferentes civilizações que chamaram a este pequeno pedaço de terra de "casa".
A igreja é ortodoxa, mas a dez passos encontro uma mesquita. A artéria comercial é judaica, mas subo uma escadaria e o caminho está coberto de pérgolas de estilo persa. Subo as torres de vigia, mais antigas que o tempo e onde agora esvoaçam bandeiras georgianas, olho à volta sobre a cidade e a paisagem verde em redor, e penso: "Como é possível que o mundo se tenha esquecido de Akhaltsikhe?"
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