Trinta e cinco anos após o pior desastre nuclear do mundo, o aumento da flora e da fauna ocupou blocos desertos de torres, lojas e edifícios oficiais cobertos com ícones comunistas.

A área, segundo autoridades ucranianas, poderá não ser adequada para os humanos por 24 mil anos, mas tem deixado prosperar a rara e ameaçada subespécie de cavalos Przewalski, originária da Mongólia.

Os cavalos de Przewalski foram levados para Chernobyl em 1990 para ver se poderiam reproduzir-se. O experimento correu bem e é por isso que há cada mais cavalos a vaguear nesta zona como pode ver através da fotogaleria. 

O acidente nuclear de Chernobyl registou-se no dia 26 de abril de 1986, às 01:23. Nessa data, o reator número quatro da Central Nuclear de Chernobyl, perto da cidade de Pripyat, a cerca de 100 quilómetros a norte de Kiev, explodiu num teste de segurança. O combustível nuclear ficou a queimar durante dez dias e lançou para a atmosfera elementos radioativos que terão contaminado, segundo algumas estimativas, até três quartos da Europa.

No total, cerca de 350.000 pessoas foram retiradas ao longo de anos de um perímetro de 30 quilómetros em redor da central. O balanço humano da catástrofe ainda hoje é controverso, com estimativas que vão de trinta a 100.000 mortos.

O acidente nuclear marcou para sempre a história da antiga União Soviética, da Europa e do mundo, contudo, trinta e cinco anos depois, muito mudou.

Para além de Chernobyl ser hoje uma reserva de vida selvagem única é também uma atração turística. Recorde-se que, antes da pandemia, várias agências ucranianas encontravam-se a organizar tours nesta zona.

Veja algumas imagens que retratam Chernobyl nos dias de hoje - uma seleção publicada no site Unsplash

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