A caverna Ningwu tem a capacidade única de permanecer congelada durante todo o verão, mesmo quando a temperatura externa sobe para valores altos. O chão e as paredes são revestidos por grossas camadas de gelo, enquanto no teto grandes estalactites impedem a passagem fácil pelo local.

Por toda a Europa continental, Ásia Central e América do Norte há muitas cavernas de gelo. Por norma, estas cavernas de gelo estão localizadas em regiões mais frias, como o Alasca, Islândia ou Rússia. Locais onde a baixa temperatura ajuda a manter as cavernas naturalmente frescas e congeladas.

No entanto, também há cavernas de gelo em países com climas mais quentes. A maioria dessas cavernas é conhecida como “armadilhas frias”. Estas cavernas têm chaminés e saídas que permitem a entrada de ar frio durante o inverno, mas não o ar quente no verão. No inverno, o ar frio e denso instala-se na caverna, deslocando o ar mais quente para fora da caverna. No verão, o ar frio da caverna permanece no lugar pois o ar da superfície relativamente quente é mais leve e não consegue entrar.

O gelo existente dentro da caverna também funciona como um amortecedor que ajuda a estabilizar a temperatura. Qualquer ar quente que entre na caverna é imediatamente arrefecido pelo gelo antes que possa causar qualquer aquecimento significativo no interior da caverna. É óbvio que algum do gelo derrete mas a temperatura ambiente, dentro da caverna, permanece praticamente constante.

Para que as cavernas de gelo se formem, é necessário haver quantidades suficientes de água disponíveis durante algum tempo. No inverno, é importante o clima frio que consiga cobrir as montanhas de neve, e no verão a temperatura deverá ser alta o suficiente para derreter a neve mas sem temperaturas muito altas que levariam o ar exageradamente quente para dentro da caverna.

É preciso haver um delicado equilíbrio entre todos estes fatores para que uma caverna de gelo se forme e se mantenha. Conheça alguns exemplos na galeria de fotos.