O mundo oriental recebe sempre a chegada do novo ano com muita luz e brilho. Decorações em tons de vermelho, representações dos animais do horóscopo chinês e reuniões entre familiares fazem parte das celebrações.
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Como será festejado o mais importante feriado da China?
Viajar para celebrar em família o Ano do Boi, apesar das restrições anti-COVID, ou ficar sozinho em Pequim, como pedem as autoridades? O dilema divide os chineses que trabalham na capital.
O Ano Novo Lunar, que este ano cai a 12 de fevereiro, é o feriado mais importante da China. Normalmente, milhões de trabalhadores aproveitam a oportunidade para retornar às suas províncias de origem.
Com o coronavírus quase erradicado no país, apesar de alguns surtos localizados em dezembro-janeiro, principalmente em Pequim, muitos esperavam comemorar o ano novo normalmente.
Mas, por precaução, a autarquia da capital convocou os moradores a evitar qualquer viagem "desnecessária" para fora da cidade no feriado. Para desencorajar os chineses, as autoridades usam incentivos financeiros para quem fica e exigências de exames e formalidades para quem viaja.
"Para viajar, preciso fazer um teste de PCR e obter um certificado. Não é prático", explica à AFP Hou Sibai, um entregador de comida natural de Gansu, que trabalha em Pequim.
Para incentivar pessoas como Hou Sibai a não viajar, Pequim prometeu 40 milhões de yuans (5,1 milhões de dólares) em vales de descontos - para serem usados em aplicativos de comércio eletrónico. Filmes online e planos de dados móveis para smartphones também estão a ser oferecidos.
As restrições variam em todo o país. Algumas áreas rurais, por exemplo, impõem quarentenas a todos os visitantes. Algumas das restrições mais fortes estão em Pequim. Os viajantes que entram na capital devem apresentar teste PCR negativo antes do embarque. Devem então fazer mais dois - 7 e 14 dias após a chegada -, enquanto passam por duas semanas de "vigilância médica" - basicamente relatar a temperatura às autoridades.
Essas restrições, juntamente com a apreensão de talvez ter de realizar uma quarentena obrigatória no retorno, levaram Hou Sibai, o entregador de refeições, a cancelar a viagem para a sua cidade natal. "Os meus parentes, amigos, pais e irmãos e irmãs estão todos lá", suspira.
Ele, a esposa e a filha vivem num quarto num apartamento compartilhado no norte de Pequim, onde irão celebrar modestamente a entrada no Ano do Boi. "O ambiente não é tão animado como na minha aldeia", lamenta. "Mas, com certeza, vamos cozinhar uma boa refeição para nós!".
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