No SAPO Viagens, queremos mostrar o que de mais belo há no mundo e as ilhas paradisíacas fazem parte das nossas escolhas. No entanto, como também queremos contribuir para viagens mais sustentáveis, hoje, no Dia Mundial dos Oceanos, deixamos 8 factos que, provavelmente, desconhece sobre ilhas de plástico - uma "praga" que prejudica a saúde dos nossos mares.

1. As ilhas de lixo são o resultado de décadas de descuido humano e de descargas nos oceanos. São formadas, maioritariamente, por micro-plásticos que se juntam devido às correntes rotativas dos oceanos.

2. Assim, as principais ilhas de plásticos situam-se nos principais vórtices oceânicos. As maiores ilhas de plástico estão localizadas no Pacífico Sul, Pacífico Norte, Atlântico Sul, Atlântico Norte e no oceano Índico. Existem outras, de menor escala, no Mediterrâneo e nas Caraíbas.

Ilhas de plástico
Ilhas de plástico A maior ilha de plástico fica no Pacífico Norte créditos: AFP

3. A primeira a ser descoberta é também a maior. Situa-se no Pacífico Norte e foi descoberta em 1997 pelo oceanógrafo norte-americano Charles Moore. São 79.000 toneladas de lixo espalhadas por 1,6 milhões de quilómetros quadrados, segundo dados de 2018.

4. Ao contrário do que se possa pensar, é impossível caminhar sobre estas ilhas de plástico e a do Pacífico Norte não é visível do espaço, como também já se alegou.

Tartaruga envolta em redes de pesca
Tartaruga envolta em redes de pesca Tartaruga envolta em redes de pesca créditos: Francis Perez/ The Ocean Cleanup

5. Outro dado interessante e surpreendente é que a maioria do plástico da ilha do Pacífico Norte não é composto por garrafas e palhinhas, mas sim material de pesca.

6. Está a ser levada a cabo uma iniciativa para limpar a maior das cinco ilhas de lixo. A iniciativa é da responsabilidade da organização The Ocean Cleanup, que já começou a limpeza, através de uma "barreira" que arrasta o plástico dos oceanos. A organização tem como objetivo conseguir limpar 90% do plástico dos oceanos, num processo engenhoso que exige muita investigação cietífica, avanços tecnológicos, cooperação entre nações, entre outros recursos.

7. Apesar de serem a face mais visível do problema, o plástico flutuante representa apenas 15% do total do que está nos oceanos. O resto acumula-se debaixo de água.

8. Se não houver uma mudança na forma como tratamos os oceanos, haverá até 2030 mais plástico do que peixes no mar.

Imagem de capa: The Ocean Cleanup