De acordo com a carta de intenções assinada em Lisboa, turistas que fizerem conexão no Rio de Janeiro poderão permanecer na cidade entre dois a cinco dias, sem custo adicional, segundo uma publicação de Witzel na rede social Twitter.
"Hoje (terça-feira) o Governo do Rio de Janeiro fechou um acordo com a TAP para atrair mais turistas e negócios para o nosso estado. Quem vier da Europa pode estender a conexão no Rio de Janeiro por até cinco dias sem custo adicional. É mais emprego e renda para o povo fluminense", declarou o governador.
Segundo a TAP, citada pelo jornal Globo, a medida entra em vigor até ao final do segundo semestre deste ano, reafirmando o seu "compromisso com o Brasil".
"Temos um compromisso com o Brasil. 25% dos assentos dos voos que vão para lá (Brasil) da Europa e que saem do Brasil para cá são da TAP. Temos a convicção de que o europeu quer visitar o Rio de Janeiro", afirmou o presidente da Tap, que tem dupla nacionalidade (brasileira e portuguesa), e está à frente da companhia aérea desde o ano passado.
O programa "Brasil Stopover" já tinha sido anunciado pela TAP em março passado, na BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, tendo sido revelado que os passageiros poderiam ficar entre uma a cinco noites de estada em Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza ou Salvador, seguindo depois para outra cidade brasileira.
No entanto, sabe-se agora que, até ao final do ano, o Rio de Janeiro começará a receber os primeiros clientes desse programa da companhia aérea portuguesa.
Depois de assinado o acordo com a companhia aérea, o governante do Rio de Janeiro reuniu-se ainda em Lisboa com lideranças da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Câmara de Comércio Luso Brasileira.
Witzel terminou na quinta-feira a sua viagem a Portugal, que segundo a sua assessoria serviu para fazer parcerias na área de turismo.
O governador reuniu-se com o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
"A troca de experiências com os irmãos portugueses segue firme. Conversei com o presidente do Turismo, Luís Araújo, sobre a atração de turistas para o Rio de Janeiro e Portugal, e a nossa expertise na realização de grandes eventos. O turismo é uma das saídas para resgatar o nosso estado", escreveu Witzer no Twitter.
Porém, nem toda a viagem a Portugal correu da melhor forma para o político brasileiro, que viu conturbada a sua participação no Seminário de Verão da Universidade de Coimbra.
Witzel discursou no encerramento do seminário, mas foi interrompido por protestos de vários estudantes, maioritariamente brasileiros, que o chamaram de "golpista" e "fascista".
A juntar-se aos gritos de protesto “fascistas, golpistas não passarão”, os estudantes usaram ainda cartazes com as frases “Marielle presente” e “Marielle vive”, em referência ao assassínio da vereadora brasileira, no ano passado.
No evento em Coimbra estavam ainda presentes três juízes do Supremo Tribunal Federal brasileiro: Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes. Este último acabou também por ser hostilizado pelos estudandes e chamado de "golpista".
Ao longo da agenda de quatro dias em Portugal, o governador encontrou-se ainda com o diretor-geral do programa Startup Portugal João Borga e com a vice-presidente executiva do Rock in Rio, Roberta Medina, com o intuito de "concretizarem um acordo firmado entre o programa e o Estado do Rio de Janeiro em 2017".
"Este acordo prevê a instalação de uma planta operacional e a implementação de políticas públicas voltadas para a atuação de empresas inovadoras. É o Rio de Janeiro e Portugal unidos para inovar e trazer oportunidades para o nosso estado", escreveu Wilsol Witzel nas redes sociais.
No último dia em território lusitano, o político participou numa reunião com a Galp.
Antes de ser eleito no sufrágio de outubro passado, Wilson Witzel, candidato apoiado pelo atual Presidente Jair Bolsonaro, disse à agência Lusa que pretendia reforçar o intercâmbio com Portugal.
"Vamos aumentar o nosso comércio, as nossas relações de pesquisa e de intercâmbio, e de tudo o que favorecer o nosso povo com o de Portugal”, disse à Lusa o político, em outubro de 2018.
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