Sevilha é a terceira cidade mais visitada de Espanha e a mais recente a acusar o desgaste causado pela pressão turística. A sua autarquia anunciou esta semana que irá passar a cobrar o acesso à Plaza de España, um dos seus monumentos mais conhecidos.
"Não se vai fechar ou privatizar nada: apenas vamos cobrar uma taxa aos turistas, como se faz na maioria das cidades do mundo", escreveu no Twitter/X José Luis Sanz, o alcaide de Sevilha desde 2023.
"Apenas com orçamento da autarquia não podemos conservar o nosso património, nem garantir a segurança do monumento", justifica o autarca, que garante que o acesso ao local continuará a ser livre para os habitantes da cidade e província. A sua publicação é acompanhada de um vídeo filmado na praça onde aparecem vendedores de rua a exporem os seus produtos e são destacados alguns mosaicos e balaústres ligeiramente danificados.
Ainda não é conhecido o valor que a autarquia tenciona cobrar, ou a partir de quando, mas o anúncio da medida gerou uma onda de críticas por outros utilizadores do Twitter/X. "Na maioria dos países do mundo, as praças públicas são isso, públicas. Tenho muita vontade de ir a Sevilha, mas se tenho de pagar para ver uma praça, posso vê-la na Guerra das Estrelas", escreveu um utilizador em resposta à publicação do alcaide, fazendo referência à projeção mediática que o local ganhou em 1999 ao aparecer no filme "Guerra das Estrelas: A Ameaça Fantasma".
Construída em 1928 para a Exposição Ibero-Americana de 1929, a Praça de Espanha é um espaço público monumental na cidade de Sevilha que combina elementos e estilos da arquitetura espanhola. Em fevereiro do ano passado, uma viajante contava ao SAPO Viagens como o local atrai turistas e pedintes.
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