A inscrição de um local na lista do património em perigo permite mobilizar o apoio da comunidade internacional em defesa da sua proteção.
Na 40.ª sessão, em julho passado na Turquia, a Comissão do Património Mundial classificou como "em perigo" locais no Mali e no Uzebequistão.
Os cinco bens líbios foram também adicionados à lista, tendo em vista os danos sofridos e que ainda podem acontecer devido ao conflito na Líbia.
Os conflitos armados e a guerra, sismos e outras catástrofes naturais constituem as principais ameaças para os locais considerados património mundial. A estes, acrescentam-se a poluição, caça furtiva, urbanização selvagem e desenvolvimento descontrolado do turismo.
De acordo com a UNESCO, os locais em risco podem estar em situação de "perigo certo", quando existem ameaças iminentes específicas e estabelecidas, ou de "perigo potencial", quando estão perante com ameaças que podem ter efeitos prejudiciais.
A inscrição de um local na lista do património mundial em perigo permite à Comissão afetar imediatamente assistência no âmbito do Fundo do Património Mundial, alerta a comunidade internacional, que se pode mobilizar para salvar o sítio, e permite aos especialistas de conservação responder eficazmente a necessidades específicas.
- Afeganistão: Vestígios arqueológicos de Djam (2002) e o vale de Bamiyan (2003).
- Iraque: Assur (2003), antiga capital da Assíria; Hatra (2015); cidade arqueológica de Samarra (2003).
- Jerusalém: Cidade antiga de Jerusalém e muralhas (1982).
- Mali: Túmulo dos Askia (2012); Tombuctu (2012); Cidades antigas de Djenné (2016).
- Niger: Reservas naturais de Aïr e Ténéré (1992).
- Síria: Cidades antigas de Alepo (2013); Bosra (2013) e Damasco (2013); Crac dos Cavaleiros e Qalaat Salah el-din (2013); Palmyra (2013) e Cidades antigas do Norte (2013).
- Iémen: Cidade antiga murada de Shibam (2015); Cidade antiga de Sanaa (2015) e Cidade histórica de Zabid (2000).
Vários parques nacionais receberam também a classificação de "em perigo", nomeadamente na República Democrática do Congo (RDCongo), na República Centro-Africana ou no Senegal.
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