O relógio da Torre dos Clérigos, no Porto, esteve atrasado 40 minutos entre esta segunda e quinta-feira, após um turista ter danificado um dos seus veios, disse à Lusa o diretor executivo da Irmandade dos Clérigos, António Tavares.

O relógio teve uma “pequena avaria” devido a um “turista ter mexido num dos veios mecânicos”, situação que provocou “um atraso de cerca de 40 minutos”, explicou o responsável.

António Tavares revelou que “um dos veios é mais ou menos acessível ao toque do turista”, e que “não é a primeira vez que isto acontece”.

“Vamos tomar medidas de proteção do veio e da parte mecânica do relógio”, assinalou António Tavares.

A reparação começou a ser feita na quarta-feira de manhã e ficou concluída na tarde de quinta-feira.

Questionado sobre os custos da reparação, António Tavares disse serem “sempre valores significativos” que vão “ampliar o investimento” que vem sendo feito “há algum tempo [pela irmandade] na reparação, manutenção e melhoria do relógio”.

Segundo o diretor executivo, apesar de “não ter sido possível identificar o responsável pelo dano”, o facto de nos últimos dias “apenas terem sido turistas a subir à torre” sustenta a convicção quanto ao autor da avaria provocada no relógio centenário.

A Irmandade dos Clérigos é uma instituição solidária, responsável pela gestão do conjunto arquitetónico Clérigos (Igreja e a Torre), classificado Monumento Nacional desde 1910 e considerado ex-líbris do Porto. A Igreja e a Torre, desenhadas pelo arquiteto Nicolau Nasoni, são a casa da Irmandade dos Clérigos desde 28 de março de 1748.

Notícia atualizada às 15h24