São mais de 400 os presépios espalhados pela via pública. Pela sua dimensão, destaca-se nesta iniciativa municipal, que visa promover a atratividade da cidade em época natalícia, o presépio de quatro toneladas feito de troncos de madeira trabalhados por um escultor de Valença.

As seis figuras, com uma altura média de 2,40 metros, representam o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José e os reis Magos, expostas na rotunda da Trapicheira.

A ideia começou em 2012 e transformou-se "na maior mostra coletiva de presépios de Portugal", distribuídas por praças e pracetas de 27 ruas e outros espaços públicos da segunda cidade do distrito de Viana do Castelo.

A mostra coletiva de presépios tem no núcleo museológico o polo central, onde se encontra exposto um presépio mecânico, representativo de uma aldeia da Palestina e evocativo do nascimento de Jesus.

A criatividade estende-se depois à loja de turismo, às praças e ruas da fortaleza, candidatada a Património Mundial pela Unesco, mas também às artérias da cidade nova com criações artísticas das associações e instituições do concelho.

O comércio local associa-se à iniciativa. Os cerca de 300 estabelecimentos comerciais, situados no interior e exterior da fortaleza, expõem, nas montras, as obras concebidas para este Natal.

“Valença Cidade Presépio” completa-se com a iluminação artística e a animação preparada pela autarquia e que se prolonga até 08 de janeiro de 2017. Uma pista de gelo, o comboio de Natal que une a eurocidade Valença e Tui, na Galiza, os concertos de Natal, a feira de artesanato de Natal e a festa dos reis integram a programa deste ano.

Em 2015, e segundo números avançados pela Câmara Municipal, "só num fim de semana", a fortaleza recebeu mais de 33 mil pessoas que "visitaram a animação de Natal".

Os 33.855 visitantes foram registados pelo sistema de leitura em tempo real, instalado em janeiro último nas principais portas de acesso à Fortaleza, contabilizando quer o número de entradas de pessoas a pé, quer de viaturas.

A fortaleza de Valença, monumento nacional, candidata a Património da Humanidade, assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.

A fortaleza desempenhou um papel preponderante na defesa dos ataques de Espanha e chegou a receber cerca de 3.500 homens, em dois regimentos do Exército. A presença militar só terminou em 1927, com a saída do último batalhão do Exército.