Os destinos da América do Sul sofreram uma queda de 5% que a OMT justifica pelo declínio do turismo argentino que afetou os países vizinhos.
Na mesma linha, essa agência, com sede em Madrid, alertou para uma queda nos gastos com turismo das duas grandes economias latino-americanas, Brasil (-5%) e México (-13%).
Globalmente, depois de dois anos com crescimento de 7% em 2017 e 6% em 2018, "o aumento nas chegadas está a regressar à sua tendência histórica", afirmou a agência da ONU.
O número de turistas internacionais aumentou para 671 milhões, 30 milhões a mais do que no mesmo período de 2018. A OMT planeia fechar o ano com uma melhoria de 3% a 4%.
A agência atribui esses resultados à força económica, acessibilidade e conectividade dos voos e à maior facilitação de vistos, mas também alerta para ameaças ao setor.
"Os indicadores económicos mais fracos, a incerteza prolongada sobre o Brexit, as tensões comerciais e tecnológicas e os crescentes desafios geopolíticos começaram a afetar a confiança de empresas e consumidores", alerta em comunicado.
A primeira metade de 2019 foi especialmente positiva para destinos no Médio Oriente, que registaram um aumento de 8% nas chegadas, e na Ásia e no Pacífico, onde cresceram 6%, graças principalmente aos turistas chineses.
O restante dos mercados também melhorou, mas com mais moderação. A Europa cresceu 4%, devido, em parte, à demanda inter-regional, e os EUA e a África, 2%.
Nessas duas últimas áreas, os resultados do norte da África são notáveis, com 9% após o golpe sofrido no início da década, e as Caraíbas (11%), impulsionado pelos Estados Unidos.
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