Saiba como correram as principais celebrações de fim do ano pelo mundo.
América: frio polar em Nova Iorque, de branco no Rio de Janeiro
Em Nova Iorque, cerca de dois milhões de pessoas, muitas com roupa para enfrentar nevascas, desafiaram uma temperatura de -12,7ºC para dar as boas-vindas a 2018 na emblemática Times Square. Esta foi a noite de réveillon mais fria na cidade em um século.
Tão incomum quanto o frio polar foi a operação de segurança imposta após dois recentes atentados inspirados no grupo extremista Estado Islâmico (EI). O perímetro de segurança foi o mais amplo da história, e cada pessoa que entrava tinha de passar por dois controlos policiais.
À meia-noite, todos puderam celebrar, ao som de "New York, New York", de Frank Sinatra.
Seguindo a tradição de vestir roupa branca na passagem do ano, também com música e com um deslumbrante espetáculo de fogos de artifício, o Rio de Janeiro recebeu o novo ano. Pelo menos três milhões de pessoas eram esperadas na praia de Copacabana. A cantora Anitta foi a grande estrela da noite, à qual não faltaram os rituais para boa sorte e prosperidade.
Europa: festejos e segurança
Na Europa, os festejos também foram cercados de fortes medidas de segurança.
Em Londres, mais de 100.000 pessoas assistiram aos fogos de artifício às margens do Tâmisa. Apesar de estar em obras de reabilitação, para respeitar a tradição, o Big Ben deu as 12 badaladas da meia-noite. Embora a capital britânica tenha sido alvo de quatro atentados em 2017, a Scotland Yard disse que mobilizou menos agentes do que no ano passado.
Em Paris, mesmo com a chuva e o vento, milhares de pessoas reuniram-se em Champs-Élysées para "enterrar 2017" e celebrar a chegada do Ano Novo, em meio a um forte dispositivo policial. Cerca de 140.000 policiais, "gendarmes" e soldados foram mobilizados em toda a França e ficaram de prontidão contra a ameaça extremista.
Moradores e turistas deleitaram-se com um espetáculo de luzes e som, antes dos tradicionais fogos do Arco do Triunfo.
Em Madrid, 20.000 pessoas comeram as tradicionais uvas da sorte ao ritmo das badaladas na Puerta del Sol, onde a capacidade de público foi reduzida em 5.000 por motivos de segurança.
Em Moscovo, as principais avenidas e praças foram decoradas, e fogos de artifício iluminaram 36 prédios da capital russa.
Em Berlim, os organizadores da festa na Porta de Brandemburgo habilitaram zonas específicas para mulheres, em barracas da Cruz Vermelha. A medida foi tomada após a onda de denúncias de assédio sexual em Colônia, na noite de Ano Novo em 2015.
Trágica lembrança em Istambul
A festa decorreu com grandes medidas de segurança em Istambul, Turquia, ainda com a lembrança viva do Ano Novo de 2017, quando um atentado deixou 39 mortos na discoteca Reina, a mais famosa da cidade.
As autoridades turcas proibiram concentrações na simbólica praça Taksim, em Istambul, e em outros bairros animados.
Ásia, Oriente Médio: casamento coletivo e laser
Hong Kong organizou um impressionante espetáculo de dez minutos antes da meia-noite, com "estrelas cadentes" lançadas dos arranha-céus que dominam Victoria Harbour.
Em Jacarta, meio milhão de pessoas disseram "sim, aceito" numa gigantesca festa de casamento coletivo organizada pelo governo indonésio.
Nas Filipinas, cerca de 200 pessoas ficaram feridas nas celebrações, vítimas de foguetes.
E, em Dubai, um show com laser substituiu os fogos na torre Burj Khalifa, a mais alta do mundo (828 metros), com projeções nas cores nacionais (verde, branco, preto e vermelho) e com o retrato do xeque Zayed bin Sultan al Nahyan, fundador da federação.
Em Abu Dabi, a passagem para 2018 foi celebrada com fogos de artifício.
Pacífico abriu as celebrações
Sydney foi a primeira cidade a entrar em 2018, com 1,5 milhão de pessoas às margens da sua magnífica baía. Uma cascata arco-íris de fogos de artifício da Ponte Harbour comemorou, na quente noite de verão, a recente legalização do casamento gay.
Tudo isso sob um enorme dispositivo de segurança, depois do ataque com carro em Melbourne na semana passada.
Fonte: AFP
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