Depois de ter sido requalificada pela Câmara Municipal do Funchal, aquela “tem tudo para ser uma joia da coroa da Rua de Santa Maria, pelo seu passado e pelo seu enquadramento deveras carismático a todos os níveis”, afirma Paulo Cafôfo na nota divulgada pela autarquia.
A data da fundação inscrita na porta da capela data de 1683.
O autarca funchalense acrescenta que esta iniciativa está incluída na política de “valorização do património municipal, como de dinamização da economia local e de democratização do acesso à cultura”.
O responsável municipal sublinhou que o município pretende “fazer deste ponto nevrálgico um novo núcleo artístico e cultural para a Zona Velha da cidade, onde autores locais se sintam tão seduzidos a produzir e a apresentar os seus trabalhos ali mesmo, naquela pequena sala que já atravessou cinco séculos, em pleno coração da cidade”.
O município refere que aquele espaço, “desde há muitos anos, passava despercebido à maioria dos residentes e àqueles que visitam a cidade, mesmo após a extensa revitalização daquela zona, decorrida ao longo das últimas duas décadas”.
Sendo a rua de Santa Maria, um ponto obrigatório de passagem dos que visitam o Funchal, “a vontade da autarquia é tornar a Capela da Boa Viagem num espaço cultural intimista para acolher concertos, exposições artísticas ou tertúlias culturais”.
Aquele templo esteve encerrado ao culto no primeiro quarto do século XX, tendo sido colocado sob a responsabilidade da Câmara do Funchal, que o utilizou para “exposição de diversas obras, ainda que, nos últimos largos anos, esta não fosse potenciada de forma ativa”, aponta a mesma informação.
Presentemente, o interior desta capela ainda conserva painéis da autoria do pintor madeirense Henrique Franco, cujo espólio constitui o museu municipal homónimo na cidade.
A autarquia anuncia que esta capela vai reabrir ao público com um “calendário cultural anual, fortemente orientado para o canto coral e tradicional”, sendo o primeiro concerto preconizado pelo Coro de Câmara da Madeira, na sexta-feira.
Fonte: Lusa
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