Roteiro pelos segredos mais belos da segunda maior ilha dos Açores, dominada pela montanha mais alta de Portugal e pelas baleias, que avistamos ao largo da ilha.
O percurso é longo e muito sinuoso, aconselha-se roupa adequada e calçado apropriado, para evitar escorregar. Ao longo do trilho, encontram-se 47 postes, que constituem uma espécie de passagem obrigatória e de contagem decrescente para a chegada à cratera ou ao Piquinho, a derradeira etapa.
Durante o percurso, a temperatura vai mudando. Abaixo das nuvens, pode estar sol, para depois, mais acima, ficar tudo nublado. Depois de passarmos a barreira das nuvens, o sol volta a brilhar e o céu parece ainda mais azul. A beleza da montanha é indescritível, tal como a sensação de ir ultrapassando as barreiras.
Ao longo do caminho, encontramos outras pessoas, aventureiros, amantes da natureza, turistas de diferentes nacionalidades que descobriram a riqueza das nossas paisagens. Quase todos concordam: o mais difícil não é subir, mas, sim, descer. Primeiro, porque o corpo já está cansado, depois, porque obriga a maior força nos joelhos. O habitual é mesmo demorar mais tempo na descida. Para nós, a viagem ficou num total de oito horas e mais trinta minutos.
Depois de um dia tão intenso e exigente para o corpo, o ideal será reservar os dias seguintes para descansar nas piscinas naturais. Quando o sol aperta, a temperatura convida a um mergulho no Oceano Atlântico. A água pode parecer um pouco fria, de início, mas, depois, até sabe bem dar um mergulho naquelas águas tão límpidas e transparentes. Vale a pena conhecer as piscinas das Lages do Pico, Poça Branca, Criação Velha e de São Roque do Pico.
Voltamos ao centro da ilha por estradas praticamente desertas para descobrir as lagoas do Capitão, Caiado e do Paúl, entre outras. De uma beleza rara estonteante, estes cenários, grande parte das vezes, envoltos num denso nevoeiro, merecem, sem dúvida, uma visita.