A cidade de Cracóvia é a segunda maior cidade da Polónia, atrás da capital Varsóvia, e uma das mais procuras no leste europeu. Locais de interesse como Auschwitz e as Minas de Sal aumentam as visitas a esta cidade com um centro histórico encantador, plano e com muitas opções (boas) de restauração.
Em que altura fomos e como chegamos lá?
No segundo fim de semana de dezembro. Viajamos desde o Porto até Cracóvia numa ligação (3h30) direta de avião, pela companhia Ryanair. Para chegar ao nosso hotel (distância de 17 quilómetros) fomos de Uber (7,50€), mas existem as opções tradicionais como autocarro ou comboio. As temperaturas rondavam os 6 graus.
O hotel em Cracóvia
Optamos por ficar as três noites em Cracóvia, uma vez que as distâncias entre Auschwitz (70km) e as Minas de Sal (15km) eram curtas. O Garbary Aparthotel fica muito perto da praça principal da cidade (5 minutos a pé) e o trajeto para quem tem de empurrar um carrinho de bebé é bastante tranquilo. Contudo, não ficamos satisfeitos com a nossa unidade hoteleira, por isso recomendamos escolher outro, mas que fique perto da Praça do Mercado Principal. Quem, mesmo assim, quiser apostar no Garbary Aparthotel, fiquem a saber que custou cerca de 60€ a noite, num apartamento com dois quartos, existindo a possibilidade de colocação de berço mediante um custo de 20€ para as três noites.
Visitar as Minas de Sal
As Minas de Sal ficam em Wieliczka, a 15km de Cracóvia, e como a distância era curta escolhemos, uma vez mais, viajar de Uber até lá. Para quem vai com bebés e um carrinho, por vezes, esta é a opção mais cómoda. A viagem de ida custou 7€ e a de regresso 9€. Os ingressos custam 20€ por adulto e crianças com menos de quatro anos não pagam. Tenham em atenção que todas as visitas são em grupo e guiadas, havendo dois tipos de visita, a turística (mais curta) e a mineira.
Para quem viaja com crianças recomendamos a mais curta, que mesmo assim dura duas horas. A visita começa com uma descida numa escadaria (única opção) que vai até 327 metros de profundidade e demoramos 10 minutos até chegar ao último degrau. É possível levarem carrinho de bebé, mas este terá de ser transportado à mão numa escadaria estreita, de lanços muitos curtos. Não levamos o carrinho. Uma vez lá em baixo, não se sente uma atmosfera claustrofóbica e em altura nenhuma a nossa filha, de dois anos, sentiu medo. Quanto à sua 'deslocação' no interior, fomos revezando entre colos e chão.
As casas de banho perto da bilheteira (exterior) estão equipadas com fraldários.
Visitar Auschwitz
Mesmo existindo a opção de comboio, não é a melhor forma de lá chegar, até porque chegando à estação mais próxima ainda terão de apanhar um autocarro para lá chegar. Além dos bilhetes serem mais caros, a viagem pode demorar 3 horas. Escolham ir de autocarro desde a estação central ferroviária de Cracóvia, com ligações diretas e económicas (5€ por pessoa), numa viagem que demora 1h30.
Agora muito importante: visitar Auschwitz é visitar dois lugares diferentes - o museu e o campo de concentração Birkenau. Este segundo é de entrada livre, sem necessidade de mostrar bilhete, ao contrário do museu, onde terão de reservar um bilhete (gratuito) para entrarem. Podem comprar diretamente na bilheteira (a evitar) ou reservar antecipadamente no site oficial, onde podem escolher por uma visita livre ou guiada. Façam a vossa reserva com a maior antecedência possível, pois os bilhetes esgotam rapidamente. Para aqueles que foram para Cracóvia sem bilhete (como foi o nosso caso) para entrar neste lugar obrigatório para qualquer ser humano não se preocupem, existe solução. Reservamos um bilhete de entrada e viagem de autocarro (ida e volta) através da plataforma Get Your Guide, tendo custado 23€ por adulto, crianças não pagam.
A grande questão: aconselham levar bebés?
Ora bem, foi uma dúvida que também nos assolou, pesquisamos bastante na internet sobre o tema - grande parte recomenda não levar bebés para o campo/museu -, mas a nossa filha foi connosco. Os responsáveis do museu não recomendam a entrada para menores de 14 anos devido à sensibilidade do tema e da força das imagens e objetos com que nos deparamos, contudo, um bebé ainda não tem essa sensibilidade e não era por isso que os utilizadores não recomendavam a entrada de bebés neste espaço, referindo-se ao 'barulho' e 'agitação' comum das crianças. Obviamente, como pais, somos os primeiros a sentir a responsabilidade em acalmar a euforia infantil (aliás, fazemos isso grande parte do tempo), mas em momento algum sentimos qualquer tipo de pressão por parte dos outros visitantes. Por isso, não fiquem receosos e não deixem de visitar este lugar que, infelizmente, nos faz sentir pais mais conscenciosos. A deslocação com carrinho não é fácil (devido à irregularidade do solo) em Birkenau, mas é no museu que as coisas ficam mais complicadas, havendo vários edifícios com escadas, por isso, recomendamos que os pais se revezem na visita por cada bloco.
As casas de banho perto da bilheteira (interior) estão equipadas com fraldários.
Restauração em Cracóvia
Se forem em dezembro, como foi o nosso caso, não deixem de comer no mercado de Natal na praça principal, onde há variadíssimas opções e para todos os gostos, desde sopas, sandes, pratos de carne, pierogis, churros ou vinho quente.
Depois, o tradicional Piano Rouge ou o sofisticado Art Restaurant foram as nossas escolhas para os jantares.
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