Em declarações à agência Lusa, o diretor executivo da incubadora explicou que esta entidade vai funcionar como "um operador turístico especializado para empreendedores", disponibilizando um programa para "conhecer o ecossistema empreendedor, com um conjunto de entidades disponíveis para receber", e ainda com os locais da cidade a visitar.
O objetivo é que quem "está a equacionar a possibilidade de se instalar em Lisboa, nomeadamente como empreendedor, possa ter condições de o fazer através de um conhecimento prévio", acrescentou Miguel Fontes, que falava a propósito do quinto aniversário da incubadora, que se assinala na quinta-feira.
O pacote será de três, cinco ou sete dias, podendo ser personalizado. Inicialmente, os voos não estão incluídos, mas o alojamento poderá estar, o que será assegurado através de parcerias da Startup Lisboa com unidades hoteleiras.
"Vamos ter diferentes parâmetros consoante o perfil de quem nos visita: se estivermos a falar de alguém que vem num modelo ‘low cost', poderemos usar, de forma excecional, a residência da Startup Lisboa ou alguma coisa parecida, mas se estivermos a falar de um investidor que vem de Washington e que está habituado a outro tipo de experiências, também saberemos adequar, com reflexo no preço", precisou Miguel Fontes.
O projeto vem, segundo o responsável, responder a "uma necessidade que é crescente e que a [cimeira global de tecnologia] Web Summit tornou evidente".
Ao mesmo tempo, vai contribuir para a "sustentabilidade financeira da Startup Lisboa, que é uma dimensão a que uma associação sem fins lucrativos tem de ser estar atenta".
Além de tornar este projeto possível, a Web Summit "aumentou-nos a possibilidade da nossa capacidade de reconhecimento e de estabelecer novos contactos", apontou o diretor.
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No que toca à residência da incubadora, a Casa Startup Lisboa (localizada na Rua do Comércio), já acolheu desde a sua criação, em julho de 2015, cerca de 50 pessoas de 20 nacionalidades.
Ainda assim, Miguel Fontes vincou que a residência não está integrada no mercado do arrendamento, uma vez que se dirige apenas aos empreendedores da incubadora, que ali podem ficar no máximo três meses consecutivos.
Outro projeto em curso é a criação de um passaporte digital que vai permitir aos empreendedores da cidade (e a outros de incubadoras associadas ao projeto) terem acesso a um espaço de trabalho no estrangeiro quando estiverem em deslocações de trabalho.
Lançado no final do ano passado, o cartão digital "The host" só deverá estar operacional no primeiro trimestre deste ano, uma vez que a Startup Lisboa ainda está a construir a solução tecnológica (aplicação) associada.
Também no final de 2016 foi lançada a linha de ‘merchandising' da Startup Lisboa, com t-shirts, camisolas e chapéus, cuja primeira coleção é da autoria da designer de moda Alexandra Moura.
Por agora, "as vendas são tímidas" e apenas feitas ‘online’, mas será, entretanto, inaugurada uma loja física no piso térreo do edifício da Startup Lisboa na Rua da Prata, onde as empresas incubadas da área comercial também poderão vender os seus produtos, adiantou Miguel Fontes.
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