Catmandu, a capital do Nepal, é separada de Lukla por uma viagem de cerca de 40 minutos. A viagem vai levá-lo para aquele que é considerado um dos aeroportos mais perigosos do mundo, o Aeroporto de Tenzing-Hillary, mais conhecido como aeroporto de Lukla. Porquê? Vamos aos factos.
Foi apenas em 2001, que a pista de aterragem foi pavimentada, apesar de ter sido inaugurada na década de 1960 por Edmund Hillary.
O comprimento da pista é de cerca de 530 metros. Só para ter uma ideia, o aeroporto internacional da Madeira, no Funchal, tem 2.781 metros. No entanto, pode respirar fundo se pensar que se trata de uma avioneta e não de um avião a aterrar e a levantar voo neste aeroporto.
Outro ponto a ter em consideração é a elevação a que se encontra o aeroporto de Lukla que está a 9.500 pés de altitude (cerca de 2.900 metros). Assim, o que o espera no fim da pista é nada mais, nada menos do que um desfiladeiro, o que pode dar-lhe sensações mais fortes do que andar numa montanha russa.
Mas, apesar de todos estes fatores, fique a saber que o aeroporto doméstico de Lukla é o mais movimentado do Nepal e para quem não imagina uma viagem ao país sem visitar o Monte Everest, esta é uma paragem obrigatória.
Por que não pode deixar de passar por Lukla
Com menos de 500 habitantes, Lukla é o ponto de partida para uma aventura que se chama Monte Everest, se o seu plano passar por uma caminhada de duas semanas até ao acampamento base do Everest, ou de 45 dias até ao ponto mais alto do mundo.
Se o Everest já for por si uma “montanha” de emoções, sempre tem como alternativa uma viagem de 11 horas de autocarro entre Catmandu e a cidade de Jiri e depois caminhar monte acima, durante cinco dias, até chegar a Lukla. Ou então, ter uma quantia simpática de reserva e alugar um helicóptero, o que não significa que a viagem seja menos angustiante.
No entanto, segundo a Condé Nast Traveler, há uma série de fatores que podem ajudar a tranquilizá-lo em relação a esta viagem.
Entre a dúzia de acidentes registados, o mais grave foi registado em 2008, quando o piloto calculou mal o tempo de aterragem, causando a morte de todos a bordo, à exceção do próprio piloto.
Os pilotos que voam para Lukla têm de ter experiência e conhecer bem a área, seja em termos de perícia, seja em relação às condições meteorológicas.
É que não existe nenhuma torre de controlo a apoiar este aeroporto, apenas uma sala de rádio que informa sobre as condições meteorológicas e, até 2019, não existiam luzes na pista. Se o tempo estiver favorável, a principal atividade do aeroporto é entre as 06h00 e as 9h00 da manhã. Se não, esperar três dias por um voo não é algo muito fora do comum.
Para chegar a Lukla, apenas algumas avionetas o podem fazer pois têm de ter certificação específica para as características deste aeroporto – aterragens curtas e descolagens rápidas – além de terem de ser comandadas por pilotos especialmente certificados, ou seja, não é qualquer um que pode operar nesta rota.
Apesar de ser considerado o aeroporto mais perigoso do mundo, é também um dos mais bonitos do mundo, visto que se encontra localizado entre os picos dos Himalaias, com uma paisagem de cortar a respiração.
O aeroporto de Lukla não é o único a causar calafrios aos passageiros. Há mais aeroportos com particularidades fora do comum.
Veja os aeroportos que entraram para o ranking das mais perigosas do mundo (um é português):
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