O viajante e líder da agência de viagens The Wanderlust, Cau Costa, explorou o país asiático durante cerca de um mês, dando algumas sugestões para quem quer experienciar verdadeiramente a Birmânia.

O que visitar

Localizada no centro do país, Mandalay é a segunda maior cidade de Myanmar. É um ponto obrigatório para quem quer conhecer a cultura birmanesa. A rodeá-la está Amarapura, conhecida pelo seu deslumbrante pôr-do-sol, que pode ver-se na maior ponte de madeira do mundo (tem 1.2km de extensão), a ponte U Bein, Sagaing, nas margens do Rio Irauádi, com numerosos mosteiros budistas, e, na margem oposta, Inwa, com as suas ruínas e templos antigos.

A 7 horas de comboio de Mandalay fica a montanhosa Hsipaw, um destino de eleição para os amantes de trekking. “Seguindo percursos que partem da cidade, é possível encontrar várias aldeias habitadas por comunidades Shan, um grupo étnico do Sudeste Asiático. Hospitalidade é a característica que as destaca”, explica Cau Costa.

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O Lago Inle é outro dos locais a não perder em Myanmar. Este lago de água doce situa-se nas montanhas do Estado Shan, no leste de Myanmar. Um passeio de canoa permite estar mais perto do rico ecossistema que nele habita. Nas suas margens encontram-se mais de 200 comunidades e aldeias.

Bagan, por sua vez, é a cidade dos templos. São mais de 2 mil as construções religiosas para explorar nesta capital do antigo Reino de Pagan, com mais de 1000 anos de idade. Para os descobrir a todos, Cau aconselha uma scooter elétrica. “É um meio prático e ecológico de descobrir os templos e paisagens arqueológicas de Bagan. Em termos de grandeza, há quem compare os templos de Bagan aos de Angkor (no Camboja) ou às pirâmides de Gizé (no Egito)”, refere.

Outra das paragens a não perder é Rangum, a maior e mais movimentada cidade de Myanmar, a capital do país até 2006. A grande atração desta cidade é o Pagode Shwedagon, o complexo religioso mais importante no país. À semelhança de outros locais religiosos, também aqui os sapatos ficam à porta.

Gastronomia

Dada a proximidade geográfica, Myanmar tem uma grande influência gastronómica da Tailândia, China e Índia. Os seus deliciosos pratos culminam numa mistura de sabores doces, salgados, apimentados, ácidos e picantes.

A Mohinga, sopa de massa de arroz, peixe, gengibre, cebola, talo de banana, pasta de peixe, farinha de grão de bico e coentros, é um dos pratos mais tradicionais. Normalmente é a escolha para o pequeno almoço, mas pode comer-se em qualquer hora do dia. Também os noodles Shan, servidos simples ou com sopa, são um famoso petisco servido por todo o país. Por sua vez o cremoso tofu birmanês é servido quente, acompanhado por noodles de arroz e polvilhados com amendoins triturados, chili e coentros.

Para beber, a cerveja ou um dos vinhos produzidos localmente são opções a considerar. O chá, porém, é a bebida sempre presente em qualquer mesa do país.

Clima

Com um clima tropical de monções, a Birmânia apresenta, na maioria das regiões, temperaturas altas durante todo o ano. É possível distinguir 3 temporadas. A temporada das chuvas, de junho a outubro, em que as temperaturas rondam os 25º e 30º graus.

A temporada seca decorre entre novembro e fevereiro, com um clima ameno. “É a melhor altura para quem quer descobrir este destino. A temperatura varia entre os 20º e os 24º, o que permite andar pelas ruas sem o calor excessivo a condicionar”, diz Cau.

De março a maio, o clima é quente e húmido. Os termómetros rondam os 30º e os 35º. São os meses mais quentes e desconfortáveis vividos no país.

Moeda

A moeda oficial de Myanmar é o Kyat (em português “quiate”). 1 Kyat equivale a 0,00057 Euros.


Cau Costa irá partir de novo para Myanmar no dia 20 de outubro, regressando no dia 3 de novembro. Consigo levará um grupo de 5 a 11 pessoas. Para participar na viagem, é necessário fazer inscrição no site The Wanderlust, até dia 5 de setembro. O custo da viagem é de 1400€ (inclui alojamento, atividades no programa, algumas refeições, transferes e seguro de viagem).